O governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), voltou a fazer incursão no governo federal para buscar aval para contrair empréstimo internacional e iniciar obras de mobilidade na Avenida dos Estados e no Viaduto Adib Chammas.

No fim do mês passado, o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), esteve em Brasília, em reunião com técnicos da Secretaria Nacional do Tesouro, Pasta que precisa dar crivo ao contrato entre a Prefeitura de Santo André com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) por ser avalista do negócio.

Por enquanto, nenhuma sinalização por parte do governo de Dilma Rousseff (PT) foi dada. Apesar disso, Grana mostra otimismo com o avanço feito pela administração andreense. “Damos passos consistentes. Sabemos que é um projeto de complexidade e que saímos do zero (na formatação do plano). É normal ter um alongamento (nos prazos). Há o exemplo do Metrô, que também está parado, no estágio de autorização do empréstimo”, declarou Grana.

O petista fez referência à Linha 18-Bronze (Tamandauteí-Djalma Dutra). O monotrilho já foi licitado pelo governo do Estado, porém, está estagnado por falta de aval do governo federal quanto a empréstimo internacional para custear as desapropriações.

Em junho, a Câmara de Santo André aprovou projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contrair empréstimo de US$ 125 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões) junto ao BID para duplicar o Viaduto Adib Chammas e fazer o alteamento da Avenida dos Estados na altura do Viaduto Castelo Branco.

Grana lembrou que obras semelhantes levaram 16 anos em São Bernardo para saírem do papel. Na segunda gestão de Mauricio Soares (hoje PT), entre 1997 e 2000, foi projetado pacote de intervenções viárias, nomeado como São Bernardo Moderna. Muitos dos itens só foram concluídos no governo de Luiz Marinho (PT), quase duas décadas depois do pontapé inicial dado por Mauricio Soares.

“Eu vislumbrei as obras (na Avenida dos Estados e no Viaduto Adib Chammas) durante a minha transição (entre fim de 2012 e começo de 2013). Em São Bernardo precisou o Marinho concluir o que começou com o Mauricio, nem o (William) Dib (PSDB) conseguiu terminar. Mas tenho fé que nas próximas semanas teremos o aval (da Secretaria Nacional do Tesouro), apesar de ser um projeto de médio prazo (para ficar pronto).”