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Mocidade Alegre celebra as origens do samba no Anhembi
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07/02/2016 | 02:26
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Vice-campeã em 2015, a Mocidade Alegre aposta nas heranças afro-brasileiras para celebrar Ayo, considerado por povos africanos como o deus do ritmo. Mais do que a busca pela vitória, a escola promete levantar o Anhembi com um enredo intenso, que ainda passeia pela história do estilo musical, tema que também foi explorado pela Unidos do Peruche, primeira a desfilar na segunda noite de desfiles.

A escola vai à África antiga para contar as origens do samba. Lá, Ayo é libertado por Xangô e outros quatro deuses africanos o conduzem para o Brasil, onde o ritmo é apresentado e cultuado.

Em terras brasileiras, o enredo da Mocidade passa pela Bahia e a histórica Praça Onze, mas também não se esquece de sambas históricos, como "A Voz do Morro" e "Pelo Telefone".

"Este enredo combina muito com nossa escola e tem um grande elo com a nossa própria história", afirmou a presidente da Mocidade Alegre, Solange Cruz Bichara.

A Mocidade Alegre foi fundada em 1967 e já venceu 11 carnavais. Em 2015, a escola ficou em segundo lugar com uma homenagem à atriz Marília Pêra. A rainha de bateria é Aline Oliveira.

Samba-enredo: 'Ayo - A alma ancestral do samba'

Ôôôô? É a força de Ayo

No Ylê da Mocidade o samba chegou!

Ecoa o batuque do tambor

Kaô, Kaô meu pai Xangô

Kaô, Kabecilê Xangô

Com seu oxé, o poder do trovão

Liberta a força que emana energia e vibração

O corpo balança, a pele arrepia

A alma revela, o som contagia

Oyá? Seus ventos que sopraram pelo ar? Eparrei Oyá!

Na revoada encontra o novo mundo

E matizado com as cores desse chão

Salve a negra herança viva da nação

O batuque vem da Bahia? Tem axé

Espalhado na magia que vem de Oxumaré

Na Praça Onze, um canto livre no ar

Abre a roda pro samba

Tia Ciata mandou chamar

Em cada canto, profano ou sagrado

É transformado pelas mãos de Omolú

"A Voz do Morro" sou eu mesmo, sim senhor!

"Pelo Telefone" o Brasil revelou: "Eu sou o samba!"

Com a luz e a proteção de Ogum Guerreiro

Sou a nobreza que invade os terreiros

Eternizado em cada coração

E quando cresci fiz escola

Sou raiz, tenho história

E o povo aclamou




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