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País registra primeira morte por zika

Transmitido pelo Aedes aegypti, doença estaria
relacionado a surto de microcefalia no Nordeste

28/11/2015 | 08:50
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Divulgação/Fotos Públicas


O Instituto Evandro Chagas (IEC) de Belém confirmou, na manhã de ontem, o primeiro caso de morte por zika vírus no Brasil. A vítima é um homem, morador do Maranhão. Ele também tinha lúpus, o que teria complicado a sua situação, uma vez que a doença afeta o sistema imunológico do paciente.

"Essa fraqueza no sistema imunológico precipitou sua morte", explicou o médico Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor do vírus da dengue e da chikungunya, o zika estaria relacionado a um surto de microcefalia no Nordeste e ao crescimento de casos da síndrome de Guillain-Barré (SDG) na região.

De acordo com os especialistas do setor de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do IEC, a primeira morte ligada ao zika aconteceu em junho deste ano, mas a certeza do diagnostico só foi possível depois de estudos de amostras do sangue do homem, que começaram a ser analisadas em julho. Em razão da dificuldade de isolar o vírus, somente agora a presença do organismo foi confirmada.

A equipe do IEC que trabalhou no caso - formada pelos médicos Pedro Vasconcelos e Socorro Azevedo e pela farmacêutica Suely Rodrigues - informou que o instituto vai passar a analisar agora as amostras de outros casos que não tiveram diagnostico de dengue nem de chikungunya, em busca de novos casos de zika vírus. Por isso, eles acreditam que o número de mortes provocadas pelo vírus pode aumentar.

Ainda segundo os pesquisadores, a forma de contágio do vírus não se daria somente pelo mosquito. Eles garantem que o zika pode também ser transmitido por meio de relação sexual, transfusão de sangue e transplante de órgãos.

De acordo com o grupo, o Ministério da Saúde foi notificado e deve se pronunciar sobre a morte. Uma equipe do ministério está investigando os casos de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Segundo os pesquisadores, o maior desafio neste momento é neutralizar a proliferação do mosquito, evitando lixo acumulado e recipientes com água parada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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