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Empresa deixa estacionamento do Paço

Responsável pelo controle de motoristas ao espaço da Prefeitura de Sto.André, a Maxipark retirou equipamentos e saiu por falta de pagamento

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/11/2015 | 07:16
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André Henriques/DGABC


Responsável pelo controle de acesso de motoristas ao estacionamento do Paço Municipal, a empresa Maxipark deixou ontem as atividades no local por falta de repasse do pagamento pelos serviços prestados. A transferência dos recursos era firmada pela própria Prefeitura, que autorizava a comercialização por meio de contrato de permissão de exploração do espaço público. Durante a manhã, a companhia retirou todos os equipamentos situados na área, como cancela, guarita e guichês, sobrando apenas os fios dos materiais no chão. Funcionários tiveram que colocar cones na entrada para evitar a utilização desenfreada do lugar, o que ficou permitido somente a servidores.

A equipe do Diário esteve no local ontem e presenciou a improvisação do sistema. O Paço, por intermédio de nota, comunicou que a Maxipark “não mais prestará o serviço”. A partir de segunda-feira, o ingresso ao espaço já contará com mudança efetiva. “Diante disso, o controle será feito diretamente (pela administração municipal). O acesso será permitido aos funcionários e aos munícipes que forem utilizar os serviços da Prefeitura”, sustentou, sem citar se a situação é provisória. Na sequência, admitiu o passivo com a empresa, porém não informou os valores. “Os débitos com a prestadora estão sendo negociados”. Segundo informações de bastidores, a dívida girava em torno de seis meses.

Diante do contrato, os valores da tarifa de estacionamento de veículo eram destinados ao Tesouro municipal, que geria o pagamento, promovendo repasse da maior parte do dinheiro para a empresa permissionária e outra parcela – quantia inferior – ficava revertida a projeto social na cidade. A Prefeitura tinha de acrescentar subsídio. Isso porque a capacidade atual do espaço é de 498 vagas, sendo que cerca de 60% são ocupadas por servidores públicos, que não precisam pagar pelo uso. No fim de semana não havia funcionamento, bem como após o fim do horário do expediente diário no Paço. Servidores são obrigados a entrar em esquema de rodízio interno.

A arrecadação do serviço servia para suprir os custos da operação. No último dado divulgado pela empresa, em 2010, consta que a receita atingia o montante de R$ 27 mil mensais. O sistema é diferente da cobrança do parquímetro, cujo contrato da Prefeitura com a Estapar é de concessão dos locais delimitados. O estacionamento do Paço recebe aproximadamente 16 mil automóveis por mês. Destes, média de 6.000 pagam pelo uso do local. O espaço é cobrado desde 1999, na segunda gestão do prefeito Celso Daniel, morto em 2002.  




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