O processo eleitoral para escolha do dirigente da Ouvidoria de Santo André deve ser realizado até dia 15 de dezembro. O prazo é estipulado pela comissão interna do órgão. Três nomes foram inscritos para participar da disputa. José Luiz Ribas, atual comandante da entidade, Eduardo Guedes Machado e Edson Salvo Melo entregaram documentação para entrar na concorrência. A candidatura do último pleiteante, no entanto, ainda está sub judice. Grupo que organiza o páreo impugnou o registro ao alegar falta de certidão. Salvo Melo impetrou ontem pedido de reconsideração, anexando novos atestados.

Coordenador eleitoral da ouvidoria, Sivaldo Pereira, o Espirro, considerou que Salvo Melo tende a ser inserido no pleito. “Ele apresentou a documentação dentro do prazo de três dias, cumprindo os pré-requisitos. Não acredito que haverá problemas adicionais”, disse, ao acrescentar que o caso ainda passará por avaliação na segunda-feira. Hoje, o órgão publicará edital abrindo período também de três dias para eventuais pedidos de impugnações. “Qualquer cidadão poderá entrar com requerimento. Caso não haja, mesmo com prazos apertados, o objetivo é efetivar sabatina e eleição (na mesma data) antes do dia 15.”

A última eleição ocorreu em março, após cancelamento temporário da disputa. Isso porque houve apenas uma inscrição dentro do prazo. A lei diz que são necessários, no mínimo, dois nomes para formalizar a concorrência. Diante do impasse, a comissão teve de reiniciar o processo, que se arrastou para o atual exercício, com Ribas e Wellington Ferreira. “Neste ano já não é o caso. Por isso, fizemos as contas e é possível fazer dentro dessa agenda com certa folga. Assim. Dá para começar o ano com eleição definida”, concluiu Espirro.

A Câmara discute possíveis mudanças no sistema da ouvidoria, criada em 1999. Os vereadores Almir Cicote (PSB), José Montoro Filho, o Montorinho (PT), e José de Araújo (PMDB) tentam emplacar alterações no conceito, modificando, por exemplo, a questão de demanda e custos. Há análise de que a eleição do órgão tem pouca representatividade e necessita ser reajustada. Atualmente, 17 entidades da sociedade civil compõem o colegiado. Na última disputa, apenas 12 tiveram direito a voto. Agora, para esse páreo, a comissão ampliou mais uma apta, incluindo o conselho de Cultura.