No áudio divulgado nesta quarta-feira, 25, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, disse a Delcídio que o senador Romário (PSB-RJ) tinha dinheiro numa conta na Suíça, mas foi avisado para retirá-lo para não "ser preso". Em troca, Romário, segundo o advogado, teria supostamente aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), à sua sucessão.
Siqueira disse à reportagem que tem como princípio não prejulgar ninguém e disse esperar que a história, segundo colocada na gravação pelo advogado, esteja equivocada. "Espero que seja um equívoco como foi a notícia da Veja, mas só quem pode dar explicação é ele", afirmou o dirigente pessebista - em 5 de agosto a Veja publicou uma errata em que assumia que o suposto extrato de conta de Romário na Suíça, exposto em reportagem duas semanas antes, era falso.
O presidente do PSB disse que não teria cabimento, de toda forma, a especulação de que o partido apoiaria o candidato do PMDB. "O PSB não cogitava nem cogita a hipótese de apoiar Pedro Paulo, e isso já vem de antes da questão dele com agressão à mulher. O PSB definiu que terá candidatura própria em capitais de relevância como o Rio de Janeiro." Siqueira disse que também não havia nem há uma definição sobre qual será o nome da sigla na capital fluminense em 2016.
Pedro Paulo teve ao menos três boletins de ocorrência por violência doméstica registrados contra ele pela ex-mulher entre 2008 e 2010. As notícias das agressões abalaram a pré-campanha.
Nota do Romário
Mais cedo, o senador Romário enviou uma nota reafirmando não ter conta em banco suíço. Ele disse não ter firmado qualquer acordo para apoiar Pedro Paulo na corrida à prefeitura do Rio do ano que vem.
No documento, contudo, Romário não deixa claro se pode ou não vir a apoiar o candidato de Eduardo Paes. "Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão", limita-se a dizer.
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