Emerson Leão já deu as dicas de como se deve marcar o piloto Michael Schumacher no coletivo do Santos, às 16h desta quarta-feira, na Vila Belmiro. O pentacampeão mundial da F-1 vai correr um tempo para cada lado. Os jogadores estão orientados a não pegar forte nas divididas. Terça-feira, o técnico estava bem-humorado e revolveu entrar no clima. “Nem cheguem perto do homem (Schumacher)”, disse. Segundo ele, todos terão liberdade para exagerar nas firulas. Afinal, reconhece que tudo não passa de uma brincadeira.

Os torcedores pagarão R$ 3 para ingressar no estádio. A renda será destinada ao Criança Esperança, programa da Unicef e da Rede Globo. Robinho gostou, é claro, dos elogios da estrela da Ferrari. “Vou pedalar na frente dele. Depois, ao mudar de lado, quero formar uma boa dupla. Torço para que ele faça um gol. A festa é dele”, disse. Como não sabe falar inglês nem alemão, Robinho já avisou que vai recorrer aos gestos.

Decidiu-se que Schumacher atuará como companheiro de Robinho e, em seguida, do meia Diego nas duas fases (de 30 minutos cada uma) do treinamento. “O Robinho já me cansou. Ele só fica parado. Chega de tiriça (preguiçoso). Agora, vai surgir nova dupla: eu e Schumacher. Espero que ele (Schumacher) nos chame para conhecer os boxes da Ferrari no GP de domingo. Mas, se isso não acontecer, a gente se convida”, disse Diego, em tom de brincadeira.

Diego lembra que não perdia um Grande Prêmio de Fórmula 1 na época de Ayrton Senna. Depois da morte do tricampeão mundial, ele parou de acompanhar. No entanto, a contratação de Rubinho pela Ferrari e as seguidas vitórias do Schumacher voltaram a motivá-lo. Ao contrário de Robinho, Diego viu Schumacher jogar ao lado de Ronaldo (Real Madrid). “Ele e a bola mostram intimidade. Vamos nos entender, tenho certeza. Quebro meu galho no inglês e, se não der, apelo para a mímica”, disse Diego.

Schumacher desce na Vila Belmiro às 15h15, de helicóptero. Depois do treino, o piloto, Robinho, Diego, Leão e Paulo Almeida participam de uma coletiva. Os dirigentes pediram que a FPF (Federação Paulista de Futebol) escale um trio feminino de arbitragem: Sílvia Regina de Oliveira no apito, além de Ana Paula Oliveira e Aline Lambert como auxiliares. Terça, no CT Rei Pelé, até se esqueceram do jogo do Santos contra o Atlético-MG, sábado, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro.