Economia Titulo Greve
Petroleiros seguem de braços cruzados na Recap e devem ampliar mobilização
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/11/2015 | 07:28
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Os trabalhadores petroleiros mantiveram ontem a mobilização na Recap (Refinaria de Capuava), em Mauá, com a paralisação de praticamente todos os 450 empregados diretos da refinaria, com exceção de equipe de contingência, formada por gerentes e engenheiros. Segundo o diretor do Sindipetro (Sindicato Unificado dos Petroleiros no Estado de São Paulo) Auzélio Alves, a intenção é ampliar o movimento e estender a greve para outras unidades da Petrobras. A parada dos empregados no terminal do combustíveis da estatal em São Caetano, inicialmente prevista para ontem, deve ocorrer hoje, afirma o dirigente.

A Petrobras soltou comunicado em que afirma que, com a greve em todo o País, a produção e a arrecadação de tributos recolhidos em favor da União Federal, Estados e municípios, como os royalties e a participação especial na venda de barris, serão diretamente impactadas. “Reiteramos que, apesar do efeito na produção de petróleo e gás no Brasil, resultante do movimento grevista, a distribuição está funcionando dentro da normalidade e não há previsão de desabastecimento do mercado”, informa a estatal, por meio de nota. Por sua vez, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) diz, também por meio de comunicado, que tem denunciado a possibilidade de ocorrências de acidentes graves com as equipes de contingência que a Petrobras ilegalmente está colocando para operar as unidades, na tentativa de retomar a produção a qualquer custo.

Ainda segundo a federação, a Petrobras continua ignorando a pauta da categoria, que se mobilizou contra a venda de ativos da companhia e a favor da recomposição do quadro de funcionários. “A FUP e os seus sindicatos tentam há quatro meses discutir com a empresa. Quando é que os gestores vão entender que a greve não é por salários e sim contra o desmonte da Petrobras e das conquistas que os trabalhadores garantiram a duras penas?”, questiona a entidade dos trabalhadores, por nota.

Outras categorias apoiam a luta dos petroleiros. É o caso do Sindicato dos Químicos do ABC, que divulgou ontem manifesto. “A pauta que mobiliza essa histórica paralisação petroleira é também nossa: a luta contra a privatização da Petrobras, a defesa da vida e da soberania”, diz o texto.
 




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