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Leroy Merlin abre a segunda loja na região

Foram investidos R$ 150 mi em unidade que
será inaugurada dia 22; há 20 vagas disponíveis

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
13/10/2015 | 07:03
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Marina Brandão/DGABC


A Leroy Merlin vai inaugurar sua segunda unidade no Grande ABC no dia 22, na Via Anchieta, em São Bernardo. Ao todo, vão trabalhar na filial 300 profissionais. Ainda restam 20 vagas em aberto, sendo a maior parte na área de vendas. São exigidos Ensino Médio completo e vivência no varejo, explica o diretor da Leroy Merlin Rodrigo Crixi.

Quanto à remuneração, o executivo diz apenas que o piso da categoria de vendedor é de R$ 1.400, sem especificar o montante oferecido. Crixi destaca, entretanto, que a rede tem política de benefícios que difere da prática comum adotada no mercado, de remuneração por comissão individual. “Nós trabalhamos com a partilha dos resultados mensais entre todos os funcionários, adicionalmente ao salário. Se a loja vai bem, todos usufruem desse benefício, independentemente de quanto cada um vendeu. Trata-se de um esforço coletivo que resulta no prêmio”, explica. Além disso, existe a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) semestral e a contribuição para a previdência privada.

DIFERENCIAIS - A unidade são-bernardense possui um porte maior que a maioria das lojas da Leroy Merlin – dispõe de 10 mil metros quadrados de área interna, enquanto a de São Caetano tem 8.500 metros quadrados –, embora a quantidade de itens disponível, 80 mil no local, mais 40 mil a pronta entrega, seja a mesma. Além disso, ao lado da filial do Jaguaré, com inauguração marcada para o dia 20, será uma das mais modernas do Estado de São Paulo. Possui a certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental), e se propõe a compensar todo resíduo gerado com o replantio de árvores na manancial do Rio Tietê, na Capital. Também reutiliza a água no próprio local, a partir de unidade de tratamento própria. “Considerando o uso de água para fim não potável, consumiremos 50% menos de água, pois nas torneiras do local serão utilizadas apenas a água de reúso.”

Quanto à energia elétrica, serão adotadas lâmpadas LED ou eletrônicas. A construção da unidade são-bernardense foi pensada, ainda, para estimular o uso de iluminação natural e, assim, reduzir o uso de eletricidade e de ar-condicionado. “Vamos reduzir em 40% o consumo de energia. Na conta, que deve girar em torno de R$ 20 mil, conseguiremos economizar 20%.”

Segundo o executivo, só não foi adotado o uso de placas para gerar energia solar porque há muita neblina em São Bernardo. Dos R$ 150 milhões investidos na unidade, 20% foram aplicados em sua certificação para estar em conformidade com as regras ambientais.

Outro diferencial é que haverá serviço de instalação e, apenas para esta loja, por ora, será oferecido aluguel de carro, o que pode ser adotado, por exemplo, se os produtos adquiridos não couberem no veículo do consumidor e se ele quiser levá-los na mesma hora. A entrega por conta da rede é realizada, no mínimo, 24 horas após a compra. “Para locar um veículo, serão cobrados em torno de R$ 49 por duas horas”, explica Crixi.

DAS MAIORES - A Leroy Merlin quer fazer da filial de São Bernardo uma das dez maiores entre as 37 em todo o País – além das 33 atuais, serão inauguradas mais quatro até dezembro. A loja, que vem sendo idealizada há cinco anos, e há dois vem sendo construída, aposta que a crise possa ajudar a alavancar as vendas. “Durante o período da turbulência de 2008 foi quando nós mais crescemos. Em momentos assim, as pessoas saem menos para jantar fora, e buscam permanecer mais no conforto de suas casas, que ganha investimento”, explica Carla Ramos, diretora de Comunicação da Leroy Merlin. “Com a tendência dos últimos anos de apartamentos com varanda gourmet, o ato de receber familiares e amigos em casa ganhou mais atenção.”

Para o diretor Rodrigo Crixi, os produtos que devem ter maior saída na loja são-bernardense são itens de acabamento, como pisos e revestimento, além bacias e torneiras, procurados por quem quer reformar a residência. “Apesar do momento de retração, com o pagamento do 13º salário, no fim do ano, e com o dólar alto, que adia os planos de viajar ao Exterior, acreditamos que muita gente vai aproveitar para cuidar da casa neste fim de ano.”

CONCORRÊNCIA - A rede amplia sua presença na região, local já marcado por diversas concorrentes, e afirma que sua estratégia será investir em preço e qualidade. “Vai sobreviver quem oferecer mais vantagens. Trabalhamos no sistema one stop shop, em que tudo o que o consumidor precisar pode encontrar nas nossas lojas, em uma só parada. Além disso, para facilitar o pagamento, dividimos os valores com parcelas mínimas de R$ 10. E temos planos em até 24 vezes com taxas atrativas. Quem quiser pagar à vista, pode negociar desconto. Na crise, temos de estimular o cliente”, afirma Carla. “Somos uma loja grande com característica de estabelecimento pequeno, com atendimento personalizado.” 




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