O Estadão revelou nesta sexta-feira, 9, que documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil comprovam que um negócio de US$ 34,5 milhões fechado pela Petrobras em 2011, no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas no país europeu que têm como beneficiários Cunha e sua mulher, Cláudia Cordeiro Cruz. Ela usou parte dos recursos para pagar gastos de cartão de crédito, academia de tênis nos Estados Unidos e cursos na Espanha e no Reino Unido.
As contas bancárias na Suíça que têm o presidente da Câmara como beneficiário receberam ao menos R$ 23,2 milhões de 2007 a 2011, segundo as autoridades suíças. O caminho do dinheiro até chegar ao parlamentar é considerado pelos investigadores ainda mais relevante do que os 2,468 milhões de francos suíços bloqueados em 17 de abril. Convertido em reais pela cotação desta sexta-feira, o valor chega a R$ 9,638 milhões.
As autoridades suíças conseguiram bloquear apenas duas das quatro contas ligadas ao parlamentar. Isso porque o deputado encerrou as outras duas em abril e em maio do ano passado, após o início das investigações da Operação Lava Jato.
Em nota divulgada na sexta-feira (9), advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam que o parlamentar não foi notificado nem teve acesso a qualquer procedimento investigativo que tenha por objeto atos ou condutas de sua responsabilidade e questionam o vazamento de informações das investigações protegidas por sigilo.
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