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Projeto dá esperança a quem aguarda medula

Proposta que tramita na Câmara dos Deputados permite cadastros ilimitados de possíveis doadores

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
07/10/2015 | 07:00
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Arquivo pessoal


A chance de paciente que depende de transplante de medula óssea encontrar doador compatível é de, em média, uma em 100 mil. Por isso, o cadastro de possíveis doadores se coloca como esperança na luta contra o tempo travada pelas famílias. O problema, no entanto, é a limitação imposta por portaria do Ministério da Saúde para que novos interessados sejam incluídos no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

O cenário pode ser facilitado, caso o projeto de lei 3.160/2015, que obriga órgãos públicos a captarem número ilimitado de doadores de medula óssea em todo o País, seja aprovado pela Câmara dos Deputados. Atualmente, portaria federal estipula limite de 1.100 cadastros para a região metropolitana do Estado.

A medida, de autoria do deputado federal Alex Manente (PPS), foi apresentada à mesa diretora da Câmara no fim de setembro. Segundo o parlamentar, a proposta é de “extrema necessidade”, tendo em vista que a limitação do número de cadastros “impossibilita que várias vidas sejam salvas”. “Agora vamos lutar para que o projeto tramite nas comissões, tenha parecer conclusivo e que seja aprovado”, destaca.

Um dos motivadores para que a proposta fosse criada foi o caso do pequeno Felipe Martins da Silva, 3 anos, que tem doença rara e autoimune no sangue e aguarda um doador de medula óssea compatível para o transplante. O morador de São Bernardo teve sua história contada pelo Diário na edição de segunda-feira.

A mãe do garoto, a dona de casa Ana Paula Martins, 31, organiza campanhas para ampliar o número de cadastros de possíveis doadores. Ela se diz revoltada com a limitação. No dia 19 de setembro, Ana Paula organizou caravana com 60 pessoas ao hemocentro da Capital e teve dificuldades para incluir novos cadastros porque a cota mensal já havia sido excedida. “Infelizmente a burocracia atrapalha. Estamos em uma corrida contra o tempo e essa é a nossa única forma de tentar ajudar o Felipe.”

A expectativa é que o garoto realize o transplante no prazo de sete meses, após finalizar as sessões de quimioterapia. Caso não seja encontrado doador compatível, será usada medula de um dos pais.

O cadastro é feito na Santa Casa de Misericórdia, na Rua Marquês de Itu, 579, Vila Buarque, em São Paulo. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 15h, e o telefone é (11) 2176-7258. 




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