Economia Titulo Autopeças e máquinas
Metalúrgicos cruzam os braços a partir de hoje
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/10/2015 | 07:27
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Os metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de hoje, nas fábricas desses municípios.

A decisão, tomada ontem em assembleia na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, vale para todos os ramos desse segmento, com exceção das montadoras, em que a negociação já ocorreu em separado, e indústrias do grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos e refrigeração, entre outros), para as quais os trabalhadores aceitaram ontem proposta oferecida pelos representantes patronais. Devem cruzar os braços na região cerca de 60 mil trabalhadores, a maioria da área de autopeças e máquinas, para pressionar as empresas a melhorar suas ofertas salariais.

A proposta do empresariado do grupo 8 contempla reajuste com base na reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 9,88% nos últimos 12 meses até agosto, com pagamento de 7,88% retroativo a 1º de setembro e outros 2% em 1º de fevereiro, sobre o salário base de agosto. Além disso, o 13º salário e as férias individuais e coletivas também sofrerão correção de 9,88% e, em novas demissões, as rescisões terão reajuste por esse índice.

A aceitação dessa proposta significou abrir mão de aumento real (acima da inflação), que era reivindicado pela FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo), entidade da qual o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC faz parte. “Neste ano, como a economia não está muito boa, desde o início das negociações, em julho, chegar ao INPC era um grande desafio”, disse o presidente da federação, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão. Dessa forma, se outros representantes patronais oferecem o mesmo que o grupo 8, a categoria deve aceitar.

Até agora, o único segmento metalúrgico que sugeriu a reposição da taxa inflacionária (9,88%), além do 8, foi o grupo 10 (lâmpadas, material bélico, equipamentos odontológicos e outros), mas sem contemplar o índice para o 13º, férias e em futuras rescisões. “Os demais ofereceram propostas abaixo do INPC”, assinalou o sindicalista.
 




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