Política Titulo São Bernardo
Oposição questiona plano da gestão de romper com Sabesp

Bancada critica administração do PT, alegando que ação é para esconder dívida com empresa

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/09/2015 | 07:38
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Nario Barbosa/DGABC


A bancada de oposição em São Bernardo questiona a tentativa do prefeito Luiz Marinho (PT) de romper unilateralmente o contrato do Paço com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) – responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto no município.

O prefeito petista publicou no dia 27 termo de intimação administrativa, cujo teor busca investigação sobre eventuais legalidades que teriam sido feitas pela empresa. Marinho determinou prazo de 15 dias, a contar pela data da publicação, descrevendo que se constatadas irregularidades, o contrato – vigente desde 2003 – poderia ser anulado. Porém, não informou quais seriam os erros.

Líderes da oposição, Pery Cartola (SD) e Julinho Fuzari (PPS) destacaram que a medida defendida por Marinho busca “esconder” falhas da própria administração com a Sabesp.

“É sinal de puro fracasso desse modelo de gestão petista. O que está nítido é que quem descumpre sua palavra no contrato é o governo Marinho, que está com dívidas com a entidade e não traz à tona”, disse Pery.

Já Julinho revelou que os débitos da Prefeitura “já estão sendo cobrados judicialmente pela Sabesp”. “A empresa entrou com ação para conseguir receber a dívida com São Bernardo. Esse movimento que o prefeito está fazendo é para não quitar esse deficit, forçar uma mesa de negociação”, criticou.

O montante a pagar do Paço com a estatal soma aproximadamente R$ 100 milhões, referentes a boletos não quitados integralmente de vários prédios públicos.

Os oposicionistas prometem fiscalização do desfecho e acreditam em fracasso de Marinho em conseguir rompimento. Julinho afirmou que tentará emplacar requerimento de questionamento à administração. “Quero que a Prefeitura revele o quanto a Sabesp investe na cidade. É muito e, por isso, não dá para pensar em fundamentos que revoguem o contrato. Além disso, estão no poder há seis anos, só agora querem apuração?”, indagou.




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