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Em seminário, Brasil pede cooperação econômica ao Japão
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02/09/2015 | 21:37
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Quase uma semana após ter pedido a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, baixou o tom e fez um discurso de otimismo em relação ao Brasil. Para uma plateia formada em sua grande maioria por empresários japoneses, Skaf conclamou-os a investir na economia brasileira, a despeito do atual momento de turbulência econômica e política.

"O momento de investimento é agora", disse Skaf, durante o Seminário Econômico Brasil-Japão, realizado na Fiesp em comemoração aos 120 anos de relações diplomáticas entre os dois países. "Hoje nós vivemos, sim, uma crise econômica e política. A crise política é a que está atrapalhando mais. Mas tudo isso passa. Pode levar meses, pode levar um ano ou um pouco mais, mas passa", disse o presidente da Fiesp.

O ministro da Fazenda, cuja presença era dada como certa tanto pelo ministério quando pela Fiesp até por volta do meio-dia, cancelou a ida ao evento, no número 1.313 da Avenida Paulista, mas passou boa parte tarde, enquanto ocorria o seminário na sede da Fiesp, no número 1.263 da avenida, onde funciona, na sede do Banco do Brasil, o escritório do Ministério da Fazenda. Ele enviou para representá-lo o secretário de Política Econômica da pasta, Afonso Arinos de Mello Franco Neto. Ao abrir o evento, o secretário disse que a ausência do ministro deveu-se a um problema de agenda "de último minuto".

Skaf, no seu discurso pró-Brasil, disse que quem vê investimento não se prepara para o dia, para mês ou para o ano seguinte. "Investimentos são vistos para o longo prazo. No mínimo para o médio prazo. E eu garanto a vocês que no médio prazo o Brasil terá ultrapassado todas estas complicações momentâneas pela qual estão passando as áreas econômica e política. Esse momento, por estas circunstâncias e pela realidade cambial que estamos vivendo, é uma grande oportunidade de investimentos", exortou.

O executivo afirmou que, como empresário, o que tiver de recurso disponível vai investir no Brasil. "Eu não tenho dúvida nenhuma e não tenho a mínima desconfiança ou insegurança em relação ao futuro do Brasil. Eu diria até em relação ao presente do Brasil porque o presente é amanhã. Não se olha o futuro no curto prazo", afirmou.

Segundo Skaf, algumas situações pelas quais passa o País, apesar de desagradáveis, são saudáveis. Ele se referiu às investigações das denúncias de corrupção. "Apuração de corrupção é uma coisa desagradável e é lógico que nos envergonha, mas pior seria ter a corrupção sem apurações, sem punições", ponderou. De acordo com ele, não é por isso que o Brasil deixará de ser o mercado de 200 milhões de habitantes e de consumidores ou perderá a liderança na América do Sul.




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