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Cardozo defende Orçamento: o que se esperava, que se maquiasse números?
31/08/2015 | 17:36
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta segunda-feira, 31, que o governo apresentou, sim, o Orçamento de 2016 com um déficit, mas não poderia ser de outro jeito. "O governo está sendo absolutamente transparente. Tem um orçamento, dentro daquilo que arrecadamos, o que podemos gastar. E temos que discutir com a sociedade brasileira as alternativas. O que se esperava que o governo fizesse? Maquiasse números, inflasse receitas, para que se justificasse o que não se justifica?", questionou.

Segundo ele, ao expor a situação para a sociedade, o governo abre a perspectiva de encontrar saídas, o que é o caminho mais saudável. Perguntado sobre a proposta da CPMF, que poderia ajudar a fechar o rombo do Orçamento e foi aventada pelo governo na semana passada, mas descartada poucos dias depois, o ministro afirmou que nada foi oficialmente apresentado ou retirado. "O que houve foi uma discussão interna sobre isso, uma análise sobre se seria tecnicamente bom e politicamente aceitável".

O ministro ainda foi indagado pelos jornalistas se o governo vai cortar gastos. "O governo vai cortar gastos, sim, vai adequar suas contas conforme está anunciado e expresso inclusive nas falas dos ministros da Fazenda e do Planejamento", limitou-se a responder.

Durante sua fala no Fórum Exame 2015, ele apontou diversas vezes a necessidade de união e convergência, apesar de não ter citado nenhum partido da oposição ou qualquer outra liderança. Questionado sobre se não deveria ser mais explícito, ele afirmou que não vai nominar ninguém. "Estou falando sobre todas as forças políticas e sociais do País. Nós vivemos momento de crise e é necessário que nos unamos e tenhamos convergência, em defesa do País, do interesse público, do nosso desenvolvimento. Não me cabe chamar A, B, C ou D".

Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que teria recusado um convite para conversar com o ex-presidente petista Lula, Cardozo disse que se negar ao diálogo é ruim para o Brasil. "É um direito deles, mas não acho que é bom para o País. Temos de deixar nossas disputas para o momento certo da vida democrática". Ele afirmou que o governo tem mostrado permanente disposição ao diálogo, com a base e a oposição.




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