Política Titulo CONTAS DE DILMA DE 2010
Investigação solicitada por Gilmar Mendes tem gráfica de São Bernardo como protagonista

Focal Comunicação recebeu de petistas da região entre 2008 e 2014

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/08/2015 | 07:00
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Pedido de investigação feito pelo ministro Gilmar Mendes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à PGR (Procuradoria-Geral da República) e à Corregedoria-Geral Eleitoral sobre as contas de campanha de 2010 da presidente Dilma Rousseff (PT) tem como protagonista a Focal Confecção e Comunicação Visual, gráfica localizada em São Bernardo e que prestou serviços a figuras do Grande ABC nas eleições de 2012 e 2014.

A empresa recebeu R$ 24 milhões da campanha do PT em 2014 para, segundo Mendes, executar serviços aos quais não possuía capacidade física comprovada.

A Focal tem como proprietária Carla Regina Cortegoso, filha de Carlos Cortegoso, empresário com ligação com o petismo e ex-garçom de restaurante da Rota do Frango com Polenta. Outro sócio é Elias Mattos, ex-motorista de Cortegoso na época em que ele administrava jornal no Grande ABC. Cortegoso também foi mencionado por Marcos Valério durante a investigação do escândalo do Mensalão.

Os prefeitos Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, e Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, além do ex-chefe do Executivo de Diadema Mário Reali (PT) contrataram a Focal Confecção e Comunicação Visual durante as campanhas eleitorais de 2008 e de 2012. Juntos, os candidatos desembolsaram R$ 769,8 mil. Em 2014, o PT de São Bernardo gastou R$ 325,7 mil com a Focal

“Doar recursos – supostamente vantagens ilícitas para a prática de crimes contra a administração pública – ao partido ou à campanha, ou entregá-los sem contabilidade a representantes do partido são indicativos do crime de lavagem de dinheiro, assim como a circulação dos recursos da agremiação para as campanhas eleitorais e sua reintegração mediante contratos sem causa fática verdadeira. Já a omissão de recursos na contabilidade da campanha indica crime de falsidade ideológica eleitoral”, ponderou Gilmar Mendes, em seu despacho, ao justificar a investigação mesmo depois de as contas eleitorais terem sido aprovadas pelo TSE. 




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