Política Titulo São Bernardo
Marinho despenca, fica com 4,8 e perde 1º lugar

Alta de 12 pontos no índice de rejeição tira o
prefeito de S.Bernardo pela 1ª vez da liderança

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/08/2015 | 12:00
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Denis Maciel/DGABC


O governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), registrou a pior queda na avaliação dos chefes de Executivo da região, conforme nova rodada de estudo do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, e deixou pela primeira vez a liderança da amostragem, que é realizada desde junho de 2013.

À frente do Paço são-bernardense há seis anos e meio – único na região em segundo mandato –, o petista recebeu nota 4,8, ante 5,6 na sondagem de janeiro. O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), conquistou 4,9 e é o novo líder do ranking de prefeitos.

O rebaixamento do posto de Marinho se deve ao crescimento considerável da reprovação do governo no comparativo ao último estudo. Rejeição saltou de 27% de ruim e péssimo para 39,5%, sendo que entre os que consideram o trabalho do petista como péssimo o índice cresceu de 11,3 % para 22,5%. No quesito ruim, a variação foi de 15,7% para 17%.

Na popularidade, a gestão do ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social também contabilizou queda significativa, superando novamente a casa dos dez pontos percentuais. Entre os munícipes que consideram a atuação de Marinho como boa e ótima o número ficou em 28,6%, sendo que em janeiro percentual era de 40,2%.

De acordo com levantamento, o único quesito em que Marinho atingiu estabilidade foi o da regularidade, cujo número recuou de 31,1% a 30,6%.

O eleitorado do deputado federal Alex Manente (PPS), principal rival de Marinho em 2012, atribuiu nota 4,2 ao petista. Já quem votou em Marinho e que tinha dado atribuição em janeiro de 6,5, desta vez conferiu 5,8 de conceito.

A baixa nos números do segundo mandato do chefe do Executivo em São Bernardo pode ser interpretada pelo alto grau de obras estacionadas na cidade. Serviços do propagado Projeto Drenar, que visa minimizar problemas com enchentes no município, seguem em ritmo moroso. O piscinão do Paço é o caso mais escancarado. A OAS, que toca o projeto, demitiu 200 funcionários no começo do ano e os serviços do canteiro ficaram estagnados por cerca de seis meses.

Demais entraves que vêm marcando negativamente a gestão Marinho são os projetos de corredor de ônibus, cuja promessa de viabilizar 12 vias exclusivas está longe de ser concluída, e do Museu do Trabalho e Trabalhador, que até o momento já consumiu R$ 18,8 milhões em verbas públicas e segue parado desde o fim do ano passado. Outro fator preponderante para reprovação de Marinho foi a greve dos servidores públicos, ocorrida entre maio e junho e que perdurou por 22 dias – maior paralisação já registrada na cidade.

Ao todo, o DGABC Pesquisas entrevistou 400 pessoas no dia 27, em diferentes bairros da cidade. 




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