Cultura & Lazer Titulo Especial
Brasil tem representantes no Festival de Locarno

Evento de cinema, que acontece na Suíça, conta com nove filmes brasileiros na competição

Por Rui Martins
04/08/2015 | 07:00
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Divulgação


São nove os filmes nacionais na 68ª edição do Festival Internacional de Cinema de Locarno, que começa amanhã e segue até o dia 15, na Suíça italiana. Os projetos estão distribuídos nas competições projeção no telão de 300 m² da Piazza Grande e na competição dos Leopardos de Amanhã. Isso sem contar os filmes em pós-produção levados por quatro produtores brasileiros, convidados pelo festival em colaboração com o Cinema do Brasil, dentro da Match Me, reservada aos profissionais nos Industrial Days, de 8 a 10 de agosto.

O Futebol, que mostra a reação dos brasileiros aos 7 a 1 da Alemanha, é considerado espanhol na relação oficial do festival dos concorrentes ao Leopardo de Ouro, porém seu diretor, Sérgio Oksman, é emigrante brasileiro na Espanha, onde vive há 15 anos. Além disso, é coprodução da TV Espanhola com o Canal Brasil.

Heliópolis, de Sérgio Machado, será o filme de encerramento, com projeção no telão da Piazza Grande, honra reservada só aos grandes filmes ou destinados aos sucessos. Com Lázaro Ramos no papel principal, conta a opção musical de jovens integrantes da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, criada pelo regente Silvio de Baccarelli e regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky, cujas temporadas são, geralmente, na Sala São Paulo. “Produção emocionante”, garante Carlo Chatrian, diretor do festival.

Dois filmes brasileiros estão na Leopardos de Amanhã. São eles: História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus, e O Teto Sobre Nós, de Bruno Carboni. O cineasta Júlio Bressane leva para Locarno quatro filmes, dentro do projeto Tela Iluminada: O Garoto, dirigido pelo próprio Bressane; O Espelho, por Rodrigo Lima; O Prefeito, por Bruno Safadi; e A Origem do Mundo, por Moa Batsow.

OLMO E A GAIVOTA

O filme Olmo e a Gaivota, dirigido pela premiada cineasta brasileira Petra Costa com a dinamarquesa Lea Glob, está na competição da mostra Cineastas do Presente. Vai estrear no dia 10. Olmo e a Gaivota já foi premiado no Festival Internacional de Documentários de Copenhague.

O tema do filme não é apenas a gravidez, mas uma reflexão sobre as limitações e opções impostas pela vida feminina, reunindo ficção com a realidade e teatro clássico com documentário. A ficção vem do livro Senhora Dalloway, de Virginia Woolf, e a realidade de um casal de atores do elenco do Théâtre du Soleil, de Ariane Mnouchkine.

A atriz se prepara para interpretar Arkadina, em A Gaivota de Tchekov, quando descobre estar grávida. A princípio, imagina ser possível interpretar seu papel, porém à medida que seu ventre cresce, surge o temor de precisar sacrificar aquele momento importante de sua carreira pela maternidade. Inesperado sangramento, que a obriga ficar em repouso, apressa a situação. O desejo de fazer carreira teatral se choca com a transformação do seu corpo.

A atriz principal é a italiana Olivia Corsini e o ator é o francês Serge Nicolai, também diretor, ambos do Théâtre du Soleil. Eles estiveram recentemente no Brasil. O filme é coproduzido por Dinamarca, Brasil e Portugal, falado em francês.

Rui Martins, convidado pelo Festival, estará em no Festival de Locarno.




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