Política Titulo Separar vereadores
Câmara espera aval para erguer ‘proteção’
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/07/2015 | 07:22
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A Câmara de Santo André, comandada por Ronaldo de Castro (PRB), aguarda aval do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão ligado ao governo do Estado, para implantar ‘proteção’ no plenário legislativo e separar o público da área onde ficam os vereadores durante as sessões. Conforme o projeto, elaborado por arquitetos da Prefeitura, seria erguida barreira de acrílico ou vidro, com aproximadamente um metro de altura, visando garantir a segurança dos parlamentares. O custo da operação varia de R$ 42 mil a R$ 48 mil.

Mesmo com divergência de alguns vereadores, principalmente pela falta de diálogo sobre a instalação, Ronaldo encaminhou o plano ao órgão, que precisa autorizar a intervenção. Isso porque a Casa é patrimônio tombado. “Fizemos o croqui para cercar, por assim dizer, o plenário, formando uma divisão, que nos dará segurança. Não é para barrar ninguém, mas, hoje, os vereadores ficam muito expostos, de costas. A maioria das Câmaras é assim”, disse, ao citar que a invasão de um manifestante em uma das últimas sessões antes do recesso acelerou o processo – durante o protesto, uma pessoa pulou dentro do espaço reservado aos parlamentares.

Integrante da mesa diretora, o vereador Almir Cicote (PSB) descartou a existência de “debate efetivo” em cima da decisão. Segundo o socialista, a Casa discutiu superficialmente medidas de segurança. “Não houve avanço nas conversas. Agora temos que verificar se isso pode ser afastamento do público quanto a participação nas sessões. Se essa questão se configurar, não caberia no momento.”

Os gastos se somarão aos R$ 2,4 milhões despendidos na reforma, iniciada no ano passado. Ronaldo ainda prevê custo adicional de novas adequações, como mudanças estruturais nos 21 gabinetes, além da implantação de catracas na entrada, no andar inferior, com aferição digital e câmeras de monitoramento. “Devemos dar sequência a isso em cerca de dois meses”, afirmou o dirigente.




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