Em cima da hora, a Prefeitura de Ribeirão Pires renegociou o pagamento de parte da dívida com a AES Eletropaulo e evitou o desligamento da energia dos prédios administrativos do município. Funcionários da concessionária estiveram na cidade pela manhã, mas reunião entre representantes do Paço e integrantes da AES Eletropaulo selou acordo para quitar os vencimentos de aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Na quarta-feira, a AES Eletropaulo divulgou nota informando que, após inúmeras tentativas de negociação com a Prefeitura de Ribeirão Pires, teria de cortar o fornecimento de energia devido a atrasos na quitação das contas. A interrupção inicial iria atingir 23 salas de prédio próximo ao Paço, onde funcionam algumas Pastas, como as de Obras e Meio Ambiente.

O informativo pegou de surpresa o secretário de Gestão e Planejamento, Crispim dos Reis Santana. O integrante do primeiro escalão de Saulo Benevides (PMDB) disse que já existia cronograma de pagamento enviado à concessionária e desconhecia o aviso do corte feito pela companhia. Já o prefeito declarou que era “mentira” que a empresa iria interromper o fornecimento de energia.

Em reunião com integrantes da direção da AES Eletropaulo – e com participação de Crispim e do titular da Pasta de Finanças, Nelson Gomes de Melo – ficou acertado outro parcelamento para quitar a dívida. “Na tarde de hoje (ontem) já fizemos o primeiro depósito e renegociamos a dívida. Então, entendemos que a ameaça não passou de um mal entendido”, apontou Nelson.

Parcela correspondente integralmente ao mês de abril e parte da fatia de maio foi paga ontem, de aproximadamente R$ 450 mil. Outras três parcelas de R$ 380 mil serão depositadas até outubro, quitando a dívida.

Em nota, a AES confirmou o recebimento de parte do passivo. “A Prefeitura de Ribeirão Pires se comprometeu a pagar as contas de luz atrasadas até outubro deste ano. A alta direção do município também afirmou que pagará as faturas mensais de energia.”

PAPEL HIGIÊNICO
O secretário de Finanças admitiu ontem atraso no pagamento da Comercial Dambros, empresa responsável por disponibilizar produtos de limpeza para o Paço. “Em tempos de crise, é preciso ter prioridades. Com atraso de alguns repasses, atrasamos o pagamento da Dambros, mas já está tudo acertado e o fornecimento está normalizado”, disse.

Na quarta-feira, a equipe do Diário esteve na Prefeitura e constatou que produtos de higiene básica, como papel e sabonete, estavam em falta. Os servidores alegaram que a situação estava se repetia há dois meses e estavam precisando levar papel de casa. O contrato com a Comercial Dambros é de R$ 3,1 milhões. Saulo havia negado problemas com a empresa.