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Liberiano promete desistir de eleição na Fifa se Hayatou for candidato
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30/06/2015 | 11:01
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O liberiano que deseja ser presidente da Fifa disse que abandonará a disputa caso o comandante da Confederação Africana de Futebol (CAF), Issa Hayatou, decida concorrer ao cargo, em eleição que deve ocorrer entre o final deste ano e os primeiros meses de 2016.

Musa Bility, o presidente da Associação Liberiana de Futebol, disse ter uma indicação de que Hayatou é favorável à sua campanha, mas não seguirá adiante caso o africano e um dos vice-presidentes da Fifa anunciar a sua própria candidatura para suceder Joseph Blatter. "Se o presidente (da CAF) levantar a mão para concorrer, eu definitivamente vou deixar a corrida", disse Bility.

Hayatou está no Comitê Executivo da Fifa de 1990, sendo o candidato mais óbvio da África para a presidência. No entanto, o camaronês, de 68 anos, não anunciou se vai participar da disputa. Para participar da eleição, é necessário ter o apoio de cinco associações nacionais, além de passar por verificações de integridade.

Hayatou foi acusado de vender seu voto para o Catar no processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2022, o que ele nega. Em 2011, ele também foi repreendido pelo Comitê Olímpico Internacional por receber pessoalmente dinheiro em um escândalo de propinas envolvendo a ISL, ex-parceira de marketing da Fifa. Hayatou negou irregularidades, alegando que usou o dinheiro em projetos de futebol.

Blatter disse em 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para um quinto mandato, que iria deixar o comando da Fifa, em meio a um escândalo de corrupção que provocou a prisão de vários dirigentes.

Enquanto isso, Bility acredita que tem o apoio de Hayatou para a futura eleição. "Eu tenho uma indicação da sua reação. Não foi negativa", disse o liberiano, destacando que não avisou o camaronês que iria se candidatar.

No passado, porém, eles entraram em conflito. Em 2012, a associação da Libéria acionou a Corte Arbitral do Esporte contra as mudanças nas regras que permitiram a Hayatou ser reeleito para a presidência da confederação africana, estendendo reinado iniciado em 1998. Bility chegou a ser suspenso por seis meses pela CAF, que disse que ele quebrou as regras de acesso a documentos confidenciais.




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