Agora, mudou de ideia. "Tenho refletido profundamente sobre a minha presidência e sobre os 40 anos em que a minha vida tem sido ligada indissoluvelmente à Fifa e ao grande esporte do futebol. Estimo a Fifa mais do que qualquer coisa e quero fazer apenas o que é melhor para a entidade e para o futebol. A eleição acabou, mas os desafios da Fifa não. A Fifa precisa de uma profunda revisão", argumentou.
O novo processo deve ocorrer a partir de dezembro de 2015, mas, antes de deixar o cargo, Blatter quer uma reforma aprovada, colocando até mesmo um limite nos mandatos de cartolas, algo que ele jamais havia aceitado antes.
Quem vai coordenar a eleição e as reformas é Domenico Scala, o auditor chefe da Fifa. "Serão mudanças profundas", disse. Segundo ele, a partir da convocação da eleição, a entidade máxima do futebol terá de dar quatro meses para que candidatos se apresentem.
Para Scala, o trabalho agora será o de criar as condições para "uma transição ordenada". "Essa era a melhor decisão", disse Scala. "Ao deixar o cargo, Blatter abre espaço para que possamos fazer as reformas", completou.
Na semana passada, uma onda de prisões em Zurique havia deixado o reinado de Blatter debilitado e Michel Platini, presidente da Uefa, chegou a pedir que o suíço deixasse o poder. Mas Blatter se manteve no cargo e venceu as eleições de sexta-feira. Ele estava na Fifa desde 1976 e, como presidente, desde 1998.
O fim de seu mandato marca o fim de uma era que, de fato, começou nos anos 70 com a presidência de João Havelange. Blatter, seu braço direito, apenas o sucedeu e manteve a mesma estrutura.
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