O bispo nomeado pelo papa Francisco para a Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, 63 anos, visitou ontem pela primeira vez a instituição que assumirá no dia 26 de julho.

Recepcionado por dom Nelson Westrupp, 75, o sacerdote conheceu o prédio que sedia a diocese e a Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro. O religioso fez orações acompanhado por diversos padres.

Os desafios do novo líder diocesano começam com as diferenças dimensionais do Grande ABC, que tem 2,6 milhões de habitantes, e de Amparo, com 400 mil pessoas. “Esta diocese fica próxima a uma metrópole. Com certeza é exigente e questionadora. Mas confio em Deus e no apoio do povo.”

A palavra ‘coragem’ foi usada por dom Pedro para finalizar seu artigo publicado pelo Diário ontem. Indagado sobre os motivos, respondeu com segurança. “É um coração valente e disposto para enfrentar o caminho que Deus traçou para nós.”

Ele também ressaltou como a rotina se transformou desde a nomeação, na última semana. “Mudou muita coisa, o Interior é uma região sossegada. É preciso conciliar o que já estava programado e o que está por vir.”

Segundo o religioso, a tarefa inicial será conhecer a região. “A primeira coisa que qualquer bispo que chega à uma nova diocese deve fazer é contemplar, ouvir e ver.” Dom Pedro também falou sobre a crise econômica e o desemprego. “A Igreja deve ser solidária neste momento.”

Atual líder da diocese, dom Nelson afirma estar tranquilo com a transição e diz deixar o cargo com a consciência tranquila. “A região é muito grande, mas fizemos um bom trabalho ao longo desses 12 anos.”