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DEM obriga Toninho a ser oposição a Grana

Após vereador dizer que vai voltar à sigla, presidente em Sto.André exige postura crítica ao Paço

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/05/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O presidente do DEM de Santo André, Fernando Marangoni, estabeleceu sob condição de retorno ao vereador Toninho de Jesus à legenda adotar postura de oposição ao governo do prefeito Carlos Grana (PT). Durante o mandato, o parlamentar gravitou entre a bancada contrária à administração petista e a base de sustentação ao Paço, situação que irritou a executiva, na ocasião, e impulsionou sua saída, em 2013. “Nesta volta (ao partido) o que ficou tratado é vir como oposicionista ao PT. Desta forma, ele sempre é bem-vindo”, frisou o dirigente, sinalizando que há deliberação, inclusive, de outras esferas.

Após ser eleito pelo DEM, ao obter 4.744 votos, Toninho deixou a legenda um ano depois, com desavenças internas, criadas pela mudança de lado na Câmara ao decidir unilateralmente apoio ao chefe do Executivo. No fim de 2014, o vereador indicou ida para grupo independente. Anunciou, na semana passada, desfiliação do Solidariedade e reinserção na sigla, na qual pretende disputar cargo eletivo no ano que vem. Diante deste cenário, ele efetivou na terça-feira a troca no cartório e deve formalizar também hoje no protocolo do Legislativo.

Toninho descartou a existência de tratativas neste sentido no momento de sua entrada. Segundo o parlamentar, nunca foi falado “essas coisas” em todas as conversas que antecederam a decisão. “Não ficou condicionado nada. De maneira nenhuma. Não serei boi de piranha de ninguém e não é presidente de partido que vai me mandar aqui (na Casa) ou impor votação de qualquer projeto”, esbravejou. “Sou eu quem responde para a população. Porque posso ser oposição e outros fazerem acordo nos bastidores.”

O vereador transcendeu o possível impasse dentro do DEM e sustentou que, atualmente, não há oposição no Legislativo andreense. Para Toninho, a aprovação, por unanimidade, de nove projetos do Executivo na sessão de terça-feira é prova deste cenário na Câmara. “Se fossem 14 (votos favoráveis) a sete (contrários) ou 16 a cinco é outra situação. Não vejo oposição hoje na Casa. Ou se faz apenas da boca para fora”, disse, ao acrescentar que discurso e postura de oposição ferrenha são prejudiciais. “Atrapalha a cidade, governabilidade. É enxugar gelo. Vou votar a favor do que considerar importante.” 




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