"Ninguém foi feito de bobo. Ele estava sabendo há muito tempo qual era a vontade do presidente da Câmara (Eduardo Cunha) e do líder do partido dele (Leonardo Picciani). O processo esticou até o limite de se tentar construir um texto que tivesse apoio", respondeu Maia.
Dizendo-se confortável na nova condição de relator, Maia explicou que durante almoço de hoje na residência oficial da Presidência da Câmara ficou claro que o parecer de Castro não passaria em plenário. "Esse conflito no PMDB não começou hoje. Eu lhe garanto que, como presidente (da Comissão Especial), estiquei ao máximo as condições para que a comissão votasse o relatório. Mas na hora em que o próprio PSDB defendeu a não votação na comissão, eu tive a certeza que a comissão não tinha mais condição de votar o texto", justificou. "O relatório do Marcelo era inconsistente", concordou o vice-líder do PSDB, Nilson Leitão (MT).
A nova proposta de Reforma Política será apresentada aos líderes partidários na terça-feira, 26. Maia disse que vai incluir a fidelidade partidária e que defenderá o distritão, bandeira do PMDB. "O que é possível de passar no plenário é o distritão", prevê.
Há também a preocupação de não alterar o mandato de senadores. O relatório de Castro reduzia o mandato de oito para cinco anos, mas os líderes consideraram que a proposta inviabilizaria a aprovação da Reforma Política no Senado. Na votação de amanhã serão apreciados nove itens e a votação será de artigo por artigo. Os líderes chegaram a um acordo para não haver obstrução no plenário.
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