A Prefeitura de Santo André, chefiada por Carlos Grana (PT), deu mais um passo ontem para viabilizar obras viárias com empréstimo junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A Câmara aprovou abertura de crédito, no valor de R$ 13,5 milhões, para subsidiar contrapartida do programa. Entre os procedimentos, há remanejamento de verba, que anula dotação orçamentária deste ano, da ordem de R$ 6,7 milhões, estimada anteriormente na peça para reforma estrutural do prédio do Executivo. Com a permissão, o Paço fica autorizado a contratar órgão de gerenciamento das intervenções, exigência da instituição financeira.

O governo deve priorizar a construção da segunda alça do Viaduto Antônio Adib Chammas, no Centro. A projeção é iniciar a obra em questão ainda neste ano. Isso porque a proposta está, segundo informações da gestão, pronta para ser licitada. O plano do Executivo prevê também o alteamento da Avenida dos Estados, na altura do Viaduto Castelo Branco, no bairro Santa Terezinha, e corredores de ônibus. São três textos no total para tirar as intervenções do papel: há também um autorizativo à operação de crédito externo, de US$ 125 milhões, já em tramitação no Legislativo, e outro para incluir o montante na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Alguns vereadores tentaram ganhar os louros da iniciativa, que ainda nem foi efetivada. Oposicionista, o parlamentar Roberto Rautenberg (PTB), por exemplo, sustentou que se empenha “desde fevereiro no projeto” e que fez “peregrinação em todos os gabinetes” colhendo assinaturas para incluir o texto na ordem do dia. Nas redes sociais, o petebista enfatizou a votação da “duplicação do Adib Chammas”, desarquivado depois de 23 anos.

Como medida administrativa, após passar pelas etapas dentro do Legislativo, a cúpula da gestão petista deve lançar ainda, na sequência, duas licitações no mercado.