Em seu despacho, Sydney Sanches afirma que o ato da CPI de decretar a quebra dos sigilos está suficientemente fundamentado. Ele acrescentou que nos fatos narrados pela CPI há “séria suspeita de prática de crimes contra a ordem tributária e o sistema financeiro nacional”.
Segundo o ministro, não existe irregularidade no fato de a CPI ter utilizado a mesma fundamentação para quebra dos sigilos das empresas. “Como evidenciam seus contratos sociais, reproduzidos nos autos, se dedicam, entre outras coisas, ao agenciamento e negociação de atletas e a eventos relacionados com futebol”, esclareceu Sydney Sanches. No despacho, o ministro também pede informações à presidência da CPI. Os dados serão utilizados no julgamento do mérito do mandado de segurança contra a quebra dos sigilos.
Agenda – A CPI do Futebol, que funciona no Senado Federal, tem atividades na próxima semana que visam a aprofundar as investigações em torno das irregularidades administrativas do Vasco da Gama (RJ); dos negócios de Wanderley Luxemburgo e da conexão entre o narcotráfico e a lavagem de dinheiro no futebol brasileiro.
Na terça-feira, a comissão vai ouvir o contador do Vasco, Vanderlei Guilherme Doring; o ex- juiz de futebol José Carlos Santiago de Andrade, um dos sócios da Luxemburgo Empreendimentos Imobiliários, acusado de haver assinado declarações de renda do ex-técnico da seleção.
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