Política Titulo Diadema
Líder do governo Lauro será relator de CPI da Tecnisa

Leitão terá cargo de destaque na comissão que investigará quem é responsável por ignorar contrapartida em empreendimento de Diadema

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/05/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A CPI da Tecnisa teve primeira reunião ontem, para escolha dos cargos e para diligências iniciais. O líder do governo Lauro Michels (PV) na Câmara de Diadema, Atevaldo Leitão (PSDB), vai ficar na relatoria da comissão, com o oposicionista Josa Queiroz (PT) na presidência do grupo.

Vereadores definiram ontem o calendário de apurações, com escolha dos agentes que serão ouvidos pelos parlamentares: Milton Nakamura, ex-secretário de Habitação no governo de Mário Reali (PT), Eduardo Monteiro, atual comandante da Pasta de Habitação, técnicos da Tecnisa e representantes do Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente de Diadema).

Inicialmente os citados serão convidados a prestar esclarecimentos a respeito do não cumprimento de legislação municipal, que obrigava a construção de rua em empreendimento imobiliário no bairro Piraporinha. O viário, que teria de ser aberto entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães, estava em acordo de contrapartida de Mobilidade Urbana, uma vez que o conjunto de prédios possui 1.600 unidades.

Documentação também foi solicitada pela CPI. Terão de ser apresentados o Plano Diretor aprovado ainda na gestão Reali, a legislação ignorada e todo processo burocrático do empreendimento – desde o pedido formal de alvará até licenças ambientais. Segundo o Comdema, não houve crivo do órgão para construção dos prédios.

“Estou bastante otimista com relação aos trabalhos. Acredito que em 30 dias teremos relatório apontando os culpados e trazendo soluções. Precisamos saber de quem foi a falha e onde essa falha aconteceu”, avaliou Josa, autor do requerimento que pediu a instalação da CPI na Câmara.

Leitão minimizou o fato de ser líder de governo e relator de CPI que vai investigar suspeita de conduta irregular da gestão Lauro. Porém, relatou que apurações como essa desgastam o Paço. “Somos contra CPI porque pode soar negativo ao governo. Fica aquela coisa no ar de ‘estão cometendo algo errado’, o que não é o caso. Mas já que se instaurou, que ela foi aprovada, precisamos trabalhar com seriedade”, opinou. “(Ser líder de governo e relator) Não há problema nenhum, pelo contrário. Minha posição como líder até ajudará a dar agilidade à condução dos trabalhos, pois terei acesso mais facilmente às respostas solicitadas”, declarou.

A CPI quer colher os primeiros depoimentos na próxima semana, mas nomes ainda não foram definidos. Reuniões semanais estão marcadas.




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