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Corinthians dá vexame no Paraguai
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
06/05/2015 | 23:05
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O Corinthians despencou do salto alto que entrou em campo ontem, em Assunção, no Paraguai, para enfrentar o Guaraní, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Se o calendário apertado era a justificativa para os tropeços e o mau momento do clube, depois de 15 dias apenas treinando foi difícil achar argumentos que pudessem justificar a péssima atuação e a justa derrota por 2 a 0, no Estádio Defensores Del Chaco.

Agora, quarta-feira, na Arena, em Itaquera, o Timão terá de vencer o rival por três gols de diferença ou devolver os 2 a 0 e levar a disputa aos pênaltis.

Nada, absolutamente nada lembrava que o duelo era pela Libertadores. Estádio quase vazio, marcação frouxa dos dois lados e qualidade técnica inferior ao que vimos no último Campeonato Paulista. Nem os inevitáveis desentendimentos, comuns quando sul-americanos se encontram, aconteciam.

Clima típico para o Timão abrir vantagem. Não fosse a apatia demonstrada por boa parte dos comandados de Tite. Exceção a Elias e Fagner, que buscavam acelerar os lances, os outros jogadores pareciam desinteressados. Era como se tivessem diminuído o ímpeto do time.

Limitado, o Guaraní mal conseguia trocar passes no meio, mas mostrava eficiência e sincronismo na hora de recompor e fechar os espaços na defesa.

Para não dizer que o Corinthians não deu um único chute, Felipe, aos 36, aproveitou bola espirrada da zaga e tentou, mas mandou à direita do gol.

Foi o Guaraní quem esteve mais perto de balançar a rede. Aos 40, Luciano dormiu no lance, não percebeu a investida de Benítez e permitiu ao paraguaio dominar, olhar o posicionamento de Cássio e chutar rasteiro, mas Gil, quase em cima da linha, salvou o gol.

Quem tinha expectativa de que Tite pudesse fazer alguma coisa no intervalo se decepcionou. Nada mudou no Corinthians no segundo tempo, com exceção da desatenção da defesa, que quase comprometeu.
Com um minuto, foram duas boas chances do Guaraní. Primeiro, Benítez chutou e, por pouco, não surpreendeu Cássio. Na sequência, o goleiro saiu muito mal e Santander cabeceou por cima do gol vazio.

Era o prenúncio de noite vexatória para o Timão. O pesadelo começou em outra falha bisonha do goleiro. Aos 14, Santander cobrou falta rasteira e Cássio deixou a bola passar entre as mãos e morrer no canto.
Fábio Santos esboçou reação, aos 26, ao conseguir chute rasteiro na trave. Mas, aos 36, Contrera matou o jogo. Ele ganhou na velocidade de Felipe, invadiu a área e chutou cruzado para vencer Cássio.

Nos últimos seis jogos, o Timão acumula duas derrotas, três empates e uma vitória. O clima de euforia rapidamente virou de decepção e até o intocável técnico Tite já é contestado. Crise no Parque São Jorge? 




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