Artigo

O dia 1º de maio, Dia do Trabalho, considero momento propício para reflexão e avaliação do atual momento do Brasil. Muitos trabalhadores evidentemente estão preocupados com a situação do País e com o futuro de suas famílias. Nada mais justo, afinal os tempos são realmente de insegurança e incertezas.

Este Diário trouxe como reportagem de capa a notícia de que no Grande ABC existem 147 mil pessoas desempregadas, sendo que 9.000 perderam o emprego no mês de março (Economia, dia 30).

Esses números reforçam o cenário difícil. Mas a meu ver alguns trabalhadores estão focando, equivocadamente, esse momento ruim essencialmente nas empresas. Importante salientar que trabalho digno e renda se obtêm por meio de empresas fortes, saudáveis e competitivas.

Empresas saudáveis sobrevivem em ambiente que propicie competitividade, isonomia e, principalmente, ambiente amigável ao empreendedorismo e aos investimentos produtivos. Infelizmente não é isso que temos no Brasil atual. Além da grave crise de confiança motivada principalmente pelos escândalos de corrupção, a alta carga de impostos, a burocracia, o alto custo dos investimentos diretos, bem como o alto custo indireto como a violência, roubos, logística ineficiente e falta de energia são ofensores daqueles que desejam País forte e competitivo.

O Brasil está doente e, como todo enfermo, precisa de remédios com a maior urgência. Dada gravidade, são necessárias ações como o ajuste fiscal, modernização das relações de trabalho, choque de eficiência (e honestidade) do poder público, competitividade máxima no que diz respeito a custos, e principalmente voltar aos eixos da confiança.

Confiança nas instituições, no governo, nas empresas, nos empresários, nos trabalhadores, em suma, precisamos voltar a confiar no Brasil.

Vamos expurgar toda lama de corrupção e malversação de recursos públicos para voltar a crescer, ser competitivo, produzir não só grandes produtos made in Brazil, mas produzir grandes talentos, trabalhadores, empreendedores, engenheiros, médicos, técnicos, empresários, enfim, brasileiros legítimos e honrados que podem vir a ser a grande marca positiva do País.

Passado o Dia do Trabalho, deixo a reflexão da importância da união entre todos, empregadores, trabalhadores e a família brasileira, para iniciar a reconstrução de futuro glorioso para nosso querido Brasil.

Hitoshi Hyodo é empresário e diretor titular do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), regional de São Bernardo.

Palavra do leitor

Lula
Causa indignação a manifestação de Lula enaltecendo o sindicato do qual usufruiu benesses. Foi ele quem impôs a não prestação de contas das arrecadações do imposto sindical, que é a revolta do trabalhador, contribuir com um dia de trabalho sem ter a opção de não aderir. Ora, sabemos que os sindicatos recolhem quantia absurda, que alimenta pessoas que pouco fazem por merecer, haja vista nas manifestações com tumulto, quebra-quebra etc. Lula, manifeste-se contra a roubalheira do Mensalão, Petrolão etc, faça exame de consciência e pare de culpar outros pelos erros de sua atuação no comando de nosso pobre e sofrido Brasil.
Lucia Calvitti Rodrigues
Santo André

Popozuda?
Não! Não posso acreditar. Coquetel dentro do Hospital Municipal? E outro. Ter como palestrante, em evento homenageando a mulher, a cantora Waleska Popozuda (Setecidades, dia 29)? Não posso engolir. Os responsáveis por esse evento deveriam pagar as despesas com dinheiro do próprio bolso. Com o nosso, não!
José Bueno Lima
Santo André

Resposta
A respeito da carta do leitor Edivaldo A. Alencar (Rua Tibetana, dia 25), o Semasa informa que o vazamento mencionado foi solucionado no próprio sábado pelas equipes da autarquia. O Semasa salienta que registrou apenas uma reclamação para o problema no local, com data de 21 de abril.
Semasa

Despreparo
É com grande pesar que falo do terremoto que abalou o Nepal, com a morte de mais de 10 mil pessoas. Mas em entrevista de uma médica e uma fisioterapeuta, que estavam no país, mostrou-se o despreparo do profissional brasileiro da área da Saúde e até jornalistas, que sempre estão presentes nessas situações. Sei que, infelizmente, quando passamos por situação dessa é comum entrarmos em desespero, mas é preciso que universidades preparem melhor psicologicamente esses profissionais e deem treinamentos para que tomem iniciativa, caso permaneçam vivos, de também ajudar os que necessitam de socorro imediato.
Raquel Alves
Santo André

Atrapalhando
A Prefeitura de Santo André fechou a Avenida Santos Dumont, sentido Centro para quem vem de Mauá e os bairros próximos ao Bruno Daniel, na sexta-feira. Por certo, achou que ninguém mais trabalhava nesse dia nem tinha mais nada a fazer, a exemplo dela própria. Isso para poder pintar os muros da via. Não custava nada deixar uma das pistas liberada. Mas por que pensar nos moradores? Parou o trânsito e cada um teve que se virar como pôde!
Vitor de Arruda Fernandes
Santo André

Heroína
A presidente aparenta emagrecimento e cansaço. Numa quadra tão difícil da nossa economia, fruto da esbórnia dos últimos anos e da recomposição dos estoques reguladores do primeiro mundo (exportamos mais e faturamos menos), se vê completamente abandonada. Perdeu até a fala e esvaziou o 1º de maio, sem festa, sem mensagem. Parece que acabou o queijo e as ratazanas estão deixando o palheiro. Deixam-na isolada! Restou socorrer-se de denodados como Levy e Bendini, dispostos, mesmo envergonhados, a ajudá-la a enfrentar essa tempestade que nos assola. Ainda bem que há quem tenha dotes e gosto para, como diz o povo, arregaçar as mangas e enfrentar dificuldades tais. A questão que se põe é até quando ela terá forças e algum apoio para suportar, como vem suportando, tenazmente, essa desgraceira toda? Logrará levar até o fim o seu mandato? Uma heroína.
Nevino Antonio Rocco