O diretor de futebol do clube carioca, Nilson Gonçalves, chegou na hora do enterro, devido a problemas com a Ponte Aérea, mas à tempo de prestar a última homenagem ao jogador que é considerado pelos colegas de esporte "um dos maiores goleiros do mundo". Gonçalves esperou pelo corpo de Barbosa na porta do cemitério, elogiou o goleiro de disse que ele sempre fez parte da família vascaína.
Acompanharam o corpo do ex-jogador, que morreu na noite de sexta-feira, aos 79 anos, vítima de insuficiência respiratória aguda, nao só os familiares e amigos, mas também admiradores, esportistas e diretores de clubes. Um dos mais abalados era o ex-lateral direito do Corinthians, Idário Peinado, que agora também reside em Praia Grande.
De acordo com Idário, Barbosa "sempre foi fora de série e para mim foi o melhor goleiro que existiu". Mais ainda: era um homem simples, humilde, comunicativo e um grande amigo que tinha uma queixa: "no Brasil a pena máxima para qualquer crime é de 30 anos e já fazem quase 50 que perdeu o gol para Uruguai, coisa que ninguém perdoa e essa tristeza ele levou para o túmulo", enfatizou Idário.
Também o presidente do Ypiranga, Roberto Nappi, clube onde Barbosa começou e lá permaneceu por quatro anos, antes de ir para o Vasco, no Rio de Janeiro, estava triste. "Sepultamos hoje, um dos maiores goleiros do mundo. Ele foi injustiçado pela derrota de 50, mas nós que amamos o futebol sempre estivemos ao lado dele", enfatizou.
Nappi lembrou que em outubro do ano passado promoveu dois dias de festa no clube para homenagear Barbosa e que o ex-goleiro recebeu das maos de Gilmar Santos Neves (Santos/Corinthians) e de Oberdan Catani (Palmeiras) a camisa de Goleiro nº 1.
Para Carlos Puppo, o Carioca, atual treinador de goleiros da Portuguesa de Desportos, "Barbosa foi muito injustiçado pelos torcedores, pela imprensa e por todos. Eu nao acho que ele tenha sido o culpado pela derrota de 50 e sim os 11 jogadores da seleçao, porque como goleiro ele foi um dos melhores", disse Carioca.
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