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Sindserv quer aumento de salário em Mauá
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
14/05/2010 | 07:46
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O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá impetrou ação para derrubar liminar que concedeu à Prefeitura o direito a reduzir o salário de 28 Adis (Auxiliares de Desenvolvimento Infantil), professoras de crianças de até 3 anos, da rede municipal.

Em 2007, a Câmara aprovou lei que concedia reajuste nos vencimentos das Adis que possuíssem nível superior em pedagogia. Por isso, 28 delas - a rede conta com 130 - com esse perfil receberam aumento: passaram dos R$ 940 mensais para R$ 2.200, por mês. Porém, em 2009, ao tomar posse, o prefeito Oswaldo Dias (PT) entendeu que o reajuste era ilegal e entrou com Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para pagar o vencimento de menor valor.

No início de abril, a Justiça concedeu liminar à Prefeitura que aplicou a redução dia 30. A mágoa do sindicato é que na mesma semana em que a liminar foi concedida, os secretários de Educação, Margaret Freire, e de Governo, José Luiz Cassimiro, solicitaram que fosse formada comissão para propor alternativa. Na sequência, sindicato e servidoras se reuniram e encaminharam proposta à administração que se baseava em não aceitar a redução.

Contudo, de acordo com o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, não houve qualquer retorno por parte do Executivo e o salário foi reduzido. Foi então que a categoria resolveu partir para o embate judicial. "Não há mais o que conversar com o governo. Entramos com processo contra a Adin" disse Lobo.

O presidente da Uniserv (União dos Servidores Públicos), Renato Martins de Abreu, afirmou que a "Secretaria de Educação colocou panos quentes na situação". Abreu disse também não ver com bons olhos a adesão à luta judicial. "O problema é que são anos para resolver a questão. As meninas estão desmotivadas", observou, referindo-se às Adis.

Para Abreu, a melhor saída seria o reenquadramento das profissionais criando-se nova nomenclatura para o cargo. "Reconhecemos que era situação ilegal. Mas deveria ser criado mecanismo de valorização como abono para as graduadas", pontuou.

Procurada, a Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.




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