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Sindserv cogita greve diante de proposta parcelada de 6% de reajuste

Governo alega impacto de R$ 26 mi; categoria avaliará alternativa na 4ª

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/04/2015 | 07:55
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Celso Luiz/DGABC


O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André cogita greve do funcionalismo diante da manutenção da proposta de reajuste salarial de 6% oferecida pela administração Carlos Grana (PT), sendo o percentual dividido em duas parcelas de 3%. O primeiro desembolso sairia relacionado a 1º de abril, retroativo, e a outra metade em dezembro. A categoria avaliará a possibilidade em votação na quarta-feira, quando haverá assembleia geral. Em contrapartida, o Paço tentará levantar novas alternativas junto à comissão interna de Orçamento e Custeio.

A direção do sindicato já indicou que rejeitará a atual proposta, considerada bem abaixo da protocolada na Prefeitura. A Secretaria de Administração, chefiada por Antônio Leite (PT), convocou reunião na manhã de quarta-feira, visando evitar impasse. A categoria pede a aplicação de 8,49% de inflação, mais 11% de reposição das perdas, além de R$ 300 incorporados na remuneração. “Não tem chance de aceitarmos essa oferta. Vamos colocar a paralisação como um dos pontos para apreciação dos servidores”, alertou o presidente do Sindserv, Carlos Alberto Pavan.

O impacto financeiro do reajuste, segundo Leite, é da ordem de R$ 26 milhões na folha de pagamento com o acréscimo. A lista salarial do Paço gira em torno de R$ 602 milhões ao ano. “Nós levamos (na quinta-feira) a proposta que era a mesma anterior, de 6%. Ficamos de fazer nova conversa no dia 22”, ponderou o secretário petista, ao analisar que comissão tem apertado os cintos em razão do equilíbrio financeiro da Prefeitura. Desde 2013, o atual governo tem adotado sistema de contingenciamento orçamentário, congelando percentual superior a 30% da peça.

São 16 mil funcionários públicos municipais, entre ativos, inativos, aposentados e pensionistas, do Paço e autarquias. No ano passado, a gestão Grana concedeu o índice de 6,77% aos servidores, seguindo a inflação medida pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A proposta previa, ainda, a inclusão de benefícios de ampliação do piso e outros auxílios na remuneração, como de creche, e cesta básica. Em 2013, no entanto, o governo definiu 5% de aumento, em abril, e 1,78% em dezembro, mesmo com rejeição sindical.

À época de embates passados, Grana argumentou que a equipe econômica do Paço realizou “esforço além do possível” para garantir a reposição com base nos números da inflação.




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