Política Titulo Diadema
Protestos marcam 1º dia de greve; para Lauro, adesão foi baixa

Servidores fazem ato em frente à Igreja Matriz; prefeito, que ofereceu 3,5% de reajuste, afirma que apenas 120 dos 7.500 funcionários pararam

Por Leandro Baldini
Nelson Donato
16/04/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


O primeiro dia da greve dos funcionários públicos de Diadema foi marcado por dois protestos da categoria e pelo fato de o governo Lauro Michels (PV) declarar oficialmente que houve baixa adesão à paralisação geral.

Servidores decidiram na semana passada cruzar os braços por tempo indeterminado após falta de consenso em torno da proposta de reajuste salarial. O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) reivindica 11% de acréscimo nos vencimentos, enquanto a Prefeitura ofereceu 3,5%.

De acordo com o Sindema, cerca de 500 servidores estiveram presentes em cada ato – um pela manhã e outro à tarde. A manifestação teve início em frente à Secretaria de Obras, na Avenida Ulysses Guimarães, Vila Nogueira, e caminhou até a Igreja Matriz.

Os manifestantes carregavam cartazes e bandeiras contendo as principais reivindicações da categoria, entre elas o reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho. Alguns deles também usavam nariz de palhaço, simbolizando o descontentamento com a administração.

“De primeiro momento, ficamos satisfeitos, pois, além dos funcionários constatarem nossa reivindicação, houve muita adesão da sociedade civil”, contou o presidente do sindicato da categoria, José Aparecido da Silva, o Neno.

O dirigente relatou que o maior número de grevistas vem das secretarias de Saúde e Educação. A professora Ana Maria Batista dos Santos, 38 anos, afirmou que, além de melhorias para os funcionários, a greve tem como objetivo incrementar o serviço para a população. “Nas escolas por vezes faltam merenda e materiais adequados para as crianças. Queremos que a estrutura seja repensada, para otimizar nosso trabalho.”

A equipe do Diário esteve na UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila São José por volta das 11h. Lá, só estavam presentes os servidores contratados, mas o trabalho era executado normalmente. Vários cartazes da paralisação foram pendurados nas grades do local, fato que contribuiu para que o local estivesse deserto.

Por nota, a Prefeitura de Diadema descreveu que as manifestações tiveram baixa adesão, o que não implicou em paralisação dos serviços, salientando que ontem não houve necessidade de adotar qualquer medida emergencial. A administração informou que apenas 120, dos 7.500 servidores, não deram expediente (1,5% do total).

Novamente o governo Lauro ratificou que, devido à crise econômica adicionada à perda de arrecadação de receita a proposta de 3,5% de acréscimo, a oferta não pode ser elevada por enquanto.




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