Relator cita que prefeito de Rio Grande, que apoiou Dilma, terá suspensão leve do PSDB
Ameaçado de expulsão partidária desde outubro do ano passado quando decidiu rejeitar apoio eleitoral ao correligionário Aécio Neves (PSDB) para anunciar voto à presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), teve o perdão concebido pelo tucanato, se credenciando oficialmente para a disputa pelo Paço em 2016, quando tentará reeleição e representando a sigla.
Integrante da executiva estadual do tucanato, que exerceu função de relator no processo de Maranhão, Felipe Sartori Sigollo, o Felipinho, assegurou permanência do correligionário na legenda, argumentando que a punição será revertida em suspensão de, no máximo, três meses. “Desde que recebemos a denúncia, conduzimos com tranquilidade, passando por todas as estâncias e a exclusão foi considerada. Era uma discussão interna, que ficou pública, porém, hoje é vista como superada”, detalhou o dirigente, explicando que a suspensão impede o chefe do Executivo de participar de eleições partidárias.
Favorável a Maranhão, segundo Sigollo, foi a “notoriedade positiva” conquistada à frente de Rio Grande, além da “postura” assumida após se eleger presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em janeiro.
“O Maranhão é importante para nós e seu trabalho sempre foi reconhecido por tudo que conseguiu avançar em sua cidade. No Consórcio, tem tomado frente em importante decisões. O governador (Geraldo Alckmin, PSDB) tem muita atenção com a região e nós queremos lançar candidatura em todas as cidades. Em Rio Grande, a empreitada será com ele”, complementou.
O chefe do Executivo de Rio Grande da Serra revelou ter recebido a informação com bastante satisfação. “Fiquei extremamente feliz, pois minha identificação política sempre foi com o PSDB. Respeito demais o partido e sua história. Não queria sair”, contou.
Sobre a declaração de voto a Dilma, preterindo Aécio, Maranhão esquivou-se e foi sucinto: “Não tenho que falar mais nada sobre isso”.
Para a eleição municipal do ano que vem, o tucano classificou que a conclusão do processo possibilitará fluidez para a condução da construção da chapa majoritária. Porém, evitou detalhar articulação. “Temos muito o que fazer pela cidade e quero dar sequência, mas essa é uma condição que precisa ser planejada”, afirmou.
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