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Funcionários do BNDES e da CVM fazem greve
Do Diário do Grande ABC
01/12/1999 | 18:11
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Os funcionários da Comissao de Valores Mobiliário (CVM) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) paralisaram nesta quarta-feira suas atividades por 24 horas. Os sindicatos calculam que o movimento mobilizou cerca 95% dos empregados das duas instituiçoes, que ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado se suas reivindicaçoes nao forem aceitas.

A presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Fernanda Carísio, explicou que o banco ainda nao apresentou uma contraproposta de reajuste salarial para os funcionários, que tem data-base em setembro. Segundo ela, a diretoria do BNDES está esperando o resultado das negociaçoes com outras instituiçoes federais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, para apresentar uma contraproposta.

Nesta quarta-feira funcionaram somente a diretoria e serviços essenciais, como segurança e ambulatório. A paralisaçao ocorreu um dia antes da abertura da cerimônia de comemoraçao dos 40 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na sede do BNDES. Estarao presentes ministros de Estado e o presidente do BID, Enrique Iglesias. Cerca de 300 grevistas fizeram vigília na entrada do prédio do BNDES.

A categoria reivindica 5,1% de produtividade, equivalente a 60% do índice de rentabilidade registrado no balanço do BNDES de 31 de dezembro do ano passado. Segundo Fernanda, para recompor os salários pagos em julho de 94, o reajuste necessário seria de 23,07%.

A CVM nao entra em greve desde 1994. Os empregados pedem a inclusao de um plano de cargos e salários na reediçao da Medida Provisória 1.915, editada em junho. O presidente do Sindicato dos Funcionários da CVM, Augusto Mendes, alega que a lei 9.624 estabelece uma vinculaçao entre os salários pagos pela autarquia e pela Receita Federal. Ele explicou que o aumento nao teria impacto negativo aos cofres da Uniao, pois a folha de pagamentos é custeada pelas taxas cobradas às empresas de capital aberto.

A paralisaçao interrompeu o acompanhamento do mercado financeiro e também a análise de registros de emissoes feita pela CVM, que atualmente movimenta cerca de R$ 1,6 bilhao.




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