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Natureza e contemplação

Apreciar campos de flores, casas antigas e respirar ar puro dão ao trajeto ares de paraíso

Por Miriam Gimenes
26/03/2015 | 07:00
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Divulgação


 A Espanha é um país muito grande. Durante o trajeto do Caminho de Santiago é possível ver belíssimas paisagens, campos floridos, passar por meio de vinhedos e apreciar as casas que ainda guardam a construção original, de tijolos de barro. “É uma coisa muito incomum da nossa visão cosmopolita. Um lugar mais bonito que o outro”, diz Daniel.

Em uma das passagens do guia, o jornalista descreve, por exemplo, a Ponte de La Reina, cidade na qual dois caminhos que levam a Compostela – francês e aragonês – se unem. Lá é possível ver a estátua do peregrino e apreciar a arquitetura singular, inclusive a ponte construída no século 16 que dá nome à região.

RUMO À CATEDRAL
O caminho, segundo ele, não é só uma viagem: é um projeto de vida. “Você vai desapegar dos bens materiais, vai conseguir viver com o essencial, o que ajuda a ter uma transformação maior. O caminhar estimula a reflexão. Além disso, terá contato com pessoas de diversos países, uma troca multicultural importante. Com certeza, (o caminho) marca um antes e um depois na vida de quem faz.” E você conseguiu se encontrar? “Consegui. Foi transformador, libertador. Consegui me libertar de pesos que estava carregando. Lá você faz uma autoanálise sem precisar de psicólogo”, garante.

Controle os gastos - Não se preocupe se você sempre teve vontade de fazer o Caminho de Santiago e não dispõe de abastada condição financeira. Ele é tão democrático – e mágico – que pode ser percorrido por peregrinos de diversas classes sociais. Basta reunir as informações de hospedagem, alimentação que o trajeto ficará muito mais ‘leve’.

Segundo Daniel, lá existem, basicamente, três tipos de peregrinos (o econômico, o moderado e o exigente). Se utilizar todas as ‘regalias’ que o local oferece, como albergues públicos – o acesso só é permitido mediante a apresentação da credencial do peregrino –, alimentações com preço único, o mais contido gastará cerca de 1.000 euros em um mês (R$ 3.460 com o euro a R$ 3,46). “Se considerar que estamos falando de Europa não é absurdo. E em alguns albergues públicos nem é preciso pagar, eles aceitam donativos”, diz o jornalista.

Já o moderado é para aqueles que não querem dividir quarto com desconhecidos – o que acarreta alguns inconvenientes como aturar o ronco alheio – e ficam em albergues privados, só que eles têm horário para sair. Se quiser descansar um pouco mais, pode ficar em pousadas. Nesta viagem intermediária, o custo pode chegar a 1.500 euros (R$ 5.190). Agora, para quem gosta de conforto, segundo Daniel, ‘o céu é o limite’. A hospedagem de lá conta com hotéis de luxo.

Se escolher fazer o caminho francês, a opção é ir de avião até Madri e de lá seguir até Pamplona de avião, trem ou ônibus, e pegar um táxi até onde se irá começar a peregrinar. A outra opção é ir até Paris de avião e seguir de trem para Saint Jean.

ALIMENTAÇÃO
O café da manhã, que na maioria das vezes não é fornecido pelos albergues, deve ser comprado no dia anterior. É uma garantia, já que os bares do caminho costumam abrir mais tarde. Já no almoço, a indicação, até para dar conta da caminhada, é fazer uma alimentação leve, em comércios espalhados pelo caminho – e descritos no guia do jornalista.

No jantar é recomendado consumir o menu do peregrino – dois pratos, pão, vinho, água e sobremesa – vendido nos povoados e cidades com bares e pequenos restaurantes. Em alguns albergues, no entanto, dá para cozinhar e dividir os custos com os demais hóspedes.




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