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Região terá esquema de coleta

Greve tem adesão de 30% no Grande ABC, segundo
sindicato; categoria pede reajuste salarial de 11,73%

Nelson Donato
Especial para o Diário
24/03/2015 | 07:03
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Nario Barbosa/DGABC


A paralisação de garis e coletores de lixo do Grande ABC já mobiliza prefeituras em esquemas emergenciais para recolhimento dos resíduos, a fim de evitar cenário visto nas ruas da região durante a paralisação da categoria no ano passado. A mobilização de 2014 durou oito dias, a mais longa registrada em seis das sete cidades – Rio Grande da Serra, mais uma vez, não paralisou os serviços.

Além de solicitar a colaboração dos moradores para que não coloquem o lixo nas ruas enquanto durar a greve, as prefeituras de São Caetano, Ribeirão Pires e Diadema informaram que montarão esquema de emergência para recolhimento dos detritos. Mauá disse estudar a medida caso a greve se prolongue.

Em Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que as estações de coleta de recicláveis ficarão fechadas, a fim de evitar o descarte do resíduo comum nelas. Em 2014, o material era largado em frente às estações, acumulando-se não apenas nas calçadas, mas também nas ruas, chegando a atrapalhar o fluxo de veículos.

Já São Bernardo afirmou que o efetivo atuou durante todo o dia, mas sem destinar o lixo ao aterro sanitário Lara, em Mauá, que estava fechado. O Siemaco ABC (Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção em Áreas Verdes Públicas e Privadas), porém, acusa a empresa SBC Valorização de Resíduos de ter contratado 200 temporários e os ter colocado na rua “sem treinamento, correndo riscos de acidentes graves.”

O movimento é encabeçado pelo Siemaco ABC e a UGT (União Geral dos Trabalhadores). Conforme o sindicato, 30% dos trabalhadores aderiram à greve ontem, primeiro dia de mobilizações da categoria.

As empresas oferecem reajuste de 7% e a categoria pede 11,73%. O salário atual é de R$ 1.115. Em Santo André, ato ocorreu em frente ao Consórcio Sane ABC, no bairro Casa Branca. Segundo o presidente do Siemaco ABC, Roberto Alves da Silva, enquanto não houver acordo, a greve continuará. “Estamos trabalhando para mobilizar a categoria e tenho certeza que a partir de amanhã (hoje) o movimento terá 100% de paralisação.”  




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