Na relação com os negócios firmados na Região Metropolitana estão condomínios comerciais, hospitais, clubes de futebol, supermercados, indústrias de vários segmentos, igrejas, empresas de comunicação e de transporte público, como o Metrô, entre outros. Todos, até o início da crise, consumiam pelo menos 500 mil litros por mês, volume mínimo para poder assinar o contrato.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou no sábado, 7, 36 contratos foram assinados após o dia 27 de janeiro de 2014, quando a Sabesp comunicou oficialmente a crise no Sistema Cantareira. Em reportagem dessa segunda-feira, 9, o jornal mostrou que quase metade (46,5%) da água destinada aos grandes consumidores sai do manancial em crise.
Pelas regras do programa, a empresa é obrigada a atingir um consumo mínimo acordado em contrato para pagar a tarifa diferenciada. Para esses clientes, o custo do metro cúbico de água (mil litros) cai à medida que o consumo aumenta, lógica inversa à adotada na tarifa convencional. A política virou alvo de críticas durante a crise por estimular o consumo de água. A Sabesp argumenta que esses clientes consomem apenas 3% da água da Grande São Paulo e que, desde fevereiro de 2014, suspendeu o consumo mínimo obrigatório e estimulou o uso de fontes alternativas de água, que era proibido em contrato. Segundo a companhia, 70% dos clientes migraram para poços artesianos e caminhões-pipa, por exemplo, e o consumo desse grupo caiu 24% na comparação de fevereiro de 2014 com janeiro deste ano.
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