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Tempos difíceis exigem colaboração
Simpi/SP
03/03/2015 | 22:35
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Segundo pesquisa encomendada pelo Simpi/SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) ao instituto DataFolha, a categoria das micro e pequenas empresas industriais paulistas está sofrendo consideravelmente com os cortes de fornecimento de energia elétrica e água, bem como com os efeitos das medidas econômicas anunciadas recentemente pelo governo federal.

Realizada entre os meses de janeiro e fevereiro de 2015, o levantamento demonstra que 31% das indústrias da categoria tiveram problemas com o abastecimento de água, sendo que, em 81% delas, o corte durou mais de quatro horas. A energia elétrica também apresentou falhas no fornecimento e, entre as que tiveram problemas, 49% ficaram mais de quatro horas sem o insumo, além de outro dado alarmante: nas pequenas indústrias, 43% sofreram com danos e quebras em equipamentos e maquinários, ocasionando paradas de linha.

Já em relação às novas medidas econômicas, 84% dos dirigentes entrevistados acreditam que terão impacto negativo nos seus empreendimentos, gerando perdas de difícil reparação, como queda de vendas, atraso na entrega de encomendas, interrupções na produção e diminuição na arrecadação tributária. Além disso, impactos diretos sobre os custos, sem a possibilidade de repasses ao preço final, levarão a situação inevitável: a redução de vagas de emprego. “Parando a atividade da micro e pequena indústria paulista, também estaremos paralisando o mercado interno e, consequentemente, o País”, afirma o presidente do Simpi, Joseph Couri.

Diante da grave situação, o Simpi criou grupo de trabalho que já está elaborando uma série de sugestões para, ao menos, tentar diminuir esses efeitos negativos. “Sempre mantendo nossa agenda positiva, ou seja, de colaboração, em breve estaremos encaminhando essas sugestões, tanto para o Legislativo como ao Executivo das esferas estadual e federal, justamente com a finalidade de se buscar a melhor e menos traumática solução possível”, informa Couri.

Mais um capítulo da novela e-Social

Desde o dia 26 de fevereiro, o governo federal disponibilizou a segunda versão do manual de utilização do e-Social (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas). Com mais de 205 páginas e tabelas, esse manual serve para orientar o empregador para o cumprimento de suas obrigações dentro da nova ferramenta, além de estabelecer regras de preenchimento, de validação e instruções gerais para o envio de informações.

Por meio desse sistema, os empregadores passarão a comunicar ao governo, de forma unificada, dados relativos aos trabalhadores, como vínculos profissionais, contribuições previdenciárias, folha de pagamento e comunicações de acidente de trabalho. Lançada em dezembro, a adesão é, por enquanto, opcional. Segundo um dos consultores jurídicos do Simpi, o advogado Piraci de Oliveira, embora o cronograma oficial ainda não tenha sido divulgado, espera-se que, daqui a um ano, o novo sistema se torne obrigatório para empresas do Lucro Real e, posteriormente, para as de Lucro Presumido e do Simples. “A nova versão nos parece bem mais simplificada, tendo absorvido várias queixas dos profissionais da área, notadamente quanto à retirada de informações extremamente complexas, como férias, notas fiscais de prestadores de serviços e outros”, afirma o especialista.
 




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