Economia Titulo Habitação
Estoque de imóveis no Grande ABC cai 34%

Redução de 41% nos lançamentos levou
construtoras a desovarem unidades prontas

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
04/03/2015 | 07:18
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Nario Barbosa/DGABC


Para driblar o ano fraco em vendas de imóveis, que recuaram 33,6% em 2014 na comparação com os 12 meses anteriores, para 6.680 unidades, e em lançamentos, que tiveram queda de 41,7% (5.077), o mercado da construção civil no Grande ABC lançou mão dos apartamentos prontos para se manter – muitos comercializados com descontos – durante o ano passado. O resultado foi a diminuição em 34,3% no volume de estoque (2.760).

“As construtoras que tinham estoque de imóveis conseguiram desová-los e, ainda, abrir espaço para negociação. O que dá mais chances de competir em um cenário de economia lenta, população insegura e baixa demanda, principalmente devido ao cenário difícil para as montadoras. E a região depende muito do desempenho da cadeia automotiva”, afirma a diretora adjunta regional do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), Rosana Carnevalli. “E isso deve se repetir neste ano, já que os lançamentos devem continuar represados, ainda mais porque muitas empresas já construíram nos terrenos submetidos à lei de zoneamento anterior, em que era possível construir mais apartamentos em um mesmo terreno, e agora, com as novas regras, tendem a praticar preços maiores nos novos empreendimentos.”

O momento, portanto, é propício a quem procura imóveis novos, já que é possível barganhar preços menores. “Quem tem dinheiro para dar de entrada e não depende tanto do financiamento bancário, que também tem restrições em alguns casos, vai se dar bem.”

De acordo com a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do Grande ABC), responsável pela pesquisa imobiliária, devido aos estoques em queda e ao fato de as companhias poderem, agora, começar a pensar em lançamentos para não ficar sem oferta, 2015 deve ter desempenho semelhante ao ano passado, e não inferior.

A entidade avalia que as vendas e os lançamentos foram mal em 2014 devido à Copa do Mundo e às eleições. E que a região tem a seu favor, além da capacidade de negócios, a vinda do monotrilho em 2018 e o fato de os apartamentos daqui custarem cerca de 30% menos que na Capital.
 




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