Setecidades Titulo Segurança alimentar
Jardim Gazuza ganha horta comunitária

Espaço é o 44º a ser criado em Diadema; moradores serão capacitados para o plantio

Por Yago Delbuoni
Especial para o Diário
02/03/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Andréa Iseki/DGABC


Lixo e entulho em terreno de 1.500 m² no Jardim Gazuza, em Diadema, estão com os dias contados. A Prefeitura vai implantar uma horta comunitária no local a partir do dia 20. São pelo menos 40 canteiros, que vão servir a população do bairro. Esse será o 44º espaço do tipo implantado pela administração municipal.

O secretário de Segurança Alimentar da cidade, Eduardo Minas, avalia que essa é uma oportunidade para aproveitar melhor o terreno. “Aqui em Diadema, município muito adensado demograficamente, cada metro quadrado vale ouro.”

Minas diz que a atividade serve também para melhorar as relações entre os vizinhos. “Esse trabalho tem a função de ser uma terapia para os moradores. Há fortalecimento de vínculos, pois é um espaço que a sociedade tem a responsabilidade de tomar conta. O segredo para que o programa dê certo é a integração.”

A Prefeitura cede o terreno, as sementes, faz a primeira plantação e oferece curso de capacitação para que a população possa cuidar da horta. “Damos o subsídio para que eles administrem tudo, inclusive com rotação de cultura”, garante o secretário. Minas assegura que, mesmo depois das instruções, haverá acompanhamento por parte de equipes da Pasta.

Antes da intervenção da Prefeitura, a área tinha lixo e entulho. “Era um terreno baldio, com muita sujeira. Para limpar o espaço, precisamos utilizar uma retroescavadeira”, relata Minas.

Entre os vegetais que serão plantados estão alface, cebola, escarola, jiló, quiabo e abobrinha. O chefe da Pasta afirmou que há variedade de alimentos, flores e plantas medicinais que podem ser cultivados, mas não devem ultrapassar 1,5 metro de altura. “Fora isso, nada impede que os moradores plantem o que quiser.”

Um dos que vão cuidar da horta é o técnico de radiologia Givaldo Guilherme, 41 anos. Ele pretende plantar alface e classifica a chegada da iniciativa no bairro como algo bom para a comunidade. “Isso gera positividade para a vizinhança. Antes era abandonado e agora todos são responsáveis.”

Guilherme confessou que, no passado, jogava entulho no espaço. “Era tudo abandonado e não tinha opção. Agora nem posso imaginar isso.”

Outro que também pretende atuar na iniciativa – e plantar cebolinha, coentro e alface – é o montador Pedro Francis Martelli, 45. Ele reclamava que a casa vivia cheia de insetos e ratos pela falta de cuidado da comunidade. “Agora, com a horta, não terá um rato para contar a história.”

Assim como seu vizinho, Martelli também jogava entulho no local. “Confesso que sujava com o coração apertado. Espero que melhore.”

Para participar do curso, é preciso morar no bairro e se inscrever na Secretaria de Segurança Alimentar, na Rua Amélia Eugênia, 397. Minas explica que precisa ser feito esse cadastro porque é realizada avaliação para diagnosticar a necessidade de participar da ação. “É feita uma análise de ponto a ponto para que a família possa assumir o canteiro.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;