Moradores da Avenida Marco Aurélio, situada no bairro Jardim Itapoan, em Santo André, estão revoltados com o abandono da via. O mato alto do canteiro e uma guarita inutilizada são as principais reclamações da população.

O aposentado Genésio Júlio, 65 anos, mora no local há mais de 20 anos e diz nunca ter visto situação assim. “A última capinação foi feita há dois meses. Muitos insetos estão sendo atraídos pelo mato alto. Na minha casa, pego pelo menos três baratas por dia”. Vizinhos também reclamam do grande número de ratos. “É possível vê-los andar pelos telhados das casas”, afirma Júlio.

Por toda a avenida, o matagal atinge quase um metro de altura. Segundo o aposentado, os habitantes temem pela segurança do local. “Os criminosos podem deitar e ficar camuflados, seria difícil detectá-los. Além disso, algumas pessoas acharam embalagens de drogas no meio do mato.”

Além da vegetação, uma guarita na altura do número 188 é motivo de protesto dos moradores, uma vez que o símbolo de proteção tornou-se refúgio para usuários de entorpecentes. No local há vestígios do uso de drogas e também fezes de roedores. De acordo com a vizinhança, uma mulher avistou dois homens entrando ali, já que a porta fica aberta, sem nenhum tipo de tranca.

Os residentes da avenida protocolaram pedido para a remoção da cabine, porém, suas requisições foram negadas. “Eles (funcionários da Prefeitura) dizem que policiais podem fazer uso (da guarita)”, conta a dona de casa Andrea Lyrio Fiorotto, 36. Ela destaca que raramente são vistos agentes na via. “Eles passam por aqui esporadicamente. Me pergunto como uma guarita sem cadeados e luz pode servir de abrigo para alguém”, opina.

A Prefeitura de Santo André afirma que fará o serviço de poda na primeira quinzena de março. Além disso, promete vistoriar a guarita para averiguar a situação.