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Índio Tibiriçá terá radar em março

Previsão era de que as lombadas eletrônicas
começassem a funcionar em julho do ano passado

Fábio Mathias
do Diário do Grande ABC
23/02/2015 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Previstos para entrar em operação em julho do ano passado, os 13 radares de velocidade instalados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) na Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) ainda não começaram a funcionar. A previsão do órgão é de que os aparelhos comecem a flagrar irregularidades apenas no mês que vem.

Na semana passada, a equipe do Diário esteve na rodovia e constatou que as lombadas eletrônicas já funcionam, inclusive, mostrando a velocidade dos veículos que passam por lá. Entretanto, funcionários a serviço do DER admitiram que as autuações ainda não começaram a ser feitas. A assessoria de imprensa do departamento estadual confirma a informação e acrescenta que os aparelhos ainda estão em fase de teste.

O DER salienta que, antes de os radares serem homologados e começarem a efetuar as autuações, precisam ser aferidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Enquanto isso, os aparelhos ainda estão passando por testes.

Por telefone, a assessoria de imprensa do DER justificou que o atraso no início da operação também foi motivado por problemas de falta de energia ao longo da via. A concessionária AES Eletropaulo foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

Outra medida que ainda precisa ser feita antes de os radares começarem a funcionar é a instalação de placas ao longo da via indicando os limites de velocidade. Isso porque a aceleração máxima permitida varia conforme o trecho, chegando a 80 km/h em alguns pontos específicos.

Dos 13 novos equipamentos espalhados pela rodovia, 11 são do tipo lombada eletrônica, que mostram ao motorista a velocidade registrada pelo dispositivo durante a passagem do veículo sobre os laços detectores. Os outros dois aparelhos são do tipo convencional, apenas com as câmeras para flagrar as placas dos automóveis que desrespeitarem o limite estabelecido.

Os dispositivos em fase de testes estão concentrados entre o km 38,1, no Parque Andreense, em Santo André, e o km 66,2, em Suzano. Segundo o DER, os locais foram escolhidos em razão da alta frequência de casos de excesso de velocidade. O objetivo da implantação dos radares é diminuir o índice de acidentes na via, que já chegou a ser conhecida na região como Estrada da Morte (leia abaixo).

A Rodovia Índio Tibiriçá tem aproximadamente 36 quilômetros de extensão e liga São Bernardo a Suzano, passando também por Santo André e Ribeirão Pires. É uma das principais ligações entre o Grande ABC e a região do Alto Tietê. Devido à forte característica industrial do entorno, a via é muito utilizada por veículos de carga.

Via já foi conhecida como Estrada da Morte por alto índice de acidentes

Uma das principais ligações entre o Grande ABC e a região do Alto Tietê, a Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) já foi conhecida como Estrada da Morte, em razão do alto número de acidentes com vítimas fatais. Para tentar diminuir as ocorrências, o governo do Estado executou diversas obras na via nos últimos anos em trechos considerados problemáticos. Foram feitos serviços como alargamento, pavimentação e melhorias na sinalização.

Já foi cogitada a possibilidade de a rodovia ser duplicada, o que aumentaria a capacidade de tráfego e diminuiria o risco de acidentes em ultrapassagens. Entretanto, o governo paulista informou que os estudos de viabilidade para esse tipo de empreendimento só começarão a ser feitos depois que o Trecho Leste do Rodoanel for totalmente concluído, o que está previsto para ocorrer apenas em maio. 




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