Será inaugurado no próximo domingo circuito de ciclofaixa de lazer com 10,1 quilômetros de extensão em Santo André. Será o primeiro espaço do tipo no município. Entretanto, o plano da Prefeitura é ambicioso: chegar a 30 quilômetros de vias destinadas aos ciclistas de fim de semana até dezembro.

No dia 16, foi assinado contrato de R$ 5 milhões, válido por 12 meses, entre o município e a empresa World Center Comércio, Importação e Exportação Ltda para implantação e operação da ciclofaixa. Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), o valor é oriundo do Fundo Municipal de Trânsito, reserva que, entre outras fontes, contabiliza recurso arrecadado com multas.

O circuito terá início no Paço Municipal, passando pela pista rebaixada da Avenida Perimetral até o quartel do Corpo de Bombeiros da Santos Dumont. De lá, o percurso entra na Avenida Artur de Queirós, segue pela Rua General Glicério e Avenida Industrial até o Parque Celso Daniel. O caminho será concluído pela Rua das Figueiras, até retornar à Praça IV Centenário. As pistas ficarão interditadas aos domingos, entre 8h30 e 14h30.

“Apesar de ser um circuito, o usuário poderá entrar e sair quando quiser. Isso facilita para quem está começando e não consegue fazer o percurso inteiro”, comenta Paulinho. A estimativa de público é alta: “Inicialmente avaliamos que pode ser utilizada por 2.000 pessoas, mas queremos chegar a 10 mil.” O titular da Pasta compara a iniciativa com o Pedal Noturno, passeio realizado nas noites de segunda-feira desde 2013 e que atrai cerca de 500 participantes.

Ainda neste ano, a ideia de Paulinho é criar outros dois circuitos de ciclofaixa de lazer – um no 2º Subdistrito e outro nos arredores do Parque Central. Para isso, a Prefeitura irá buscar parceiros na iniciativa privada que possam financiar os projetos. “Depois que o primeiro é feito e o sucesso é comprovado, fica mais fácil obter patrocínio”, garante.

O percurso mais encaminhado é o do 2º Subdistrito, que deverá começar no parque Chácara Pignatari, passando pelas avenidas Utinga e Vieira de Carvalho, chegando ao Viaduto Presidente Castelo Branco e interligando com o primeiro circuito na Avenida Industrial.

Além dos espaços destinados ao lazer, a Prefeitura pretende chegar, também neste ano, a 40 quilômetros de pistas destinadas aos munícipes que usam a bicicleta como meio de transporte. Atualmente, a cidade possui oito quilômetros de ciclovias. Os trajetos ainda estão em fase de estudo, mas Paulinho antecipa que uma possibilidade é ligar a via já existente na Estrada do Pedroso até a estação central de Santo André da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Para isso, o percurso passaria pelas avenidas Capitão Mário Toledo de Camargo, Santos Dumont e Queirós dos Santos. O secretário afirma que, dos ciclistas que utilizam os bicicletários do Centro, cerca de 70% vêm do entorno da Vila Luzita. Também é cogitada pista na Avenida dos Estados. A implantação deve custar R$ 5 milhões.

Apesar de os primeiros novos espaços serem destinados ao entretenimento, Paulinho ressalta que o uso da bicicleta será incorporado ao cotidiano da cidade. “É uma mudança de conceito. O lazer inicia a modificação da cultura”, salienta. Para evitar mudanças nas próximas gestões, a Prefeitura irá criar lei que institui o Pedal Noturno e as ciclofaixas como políticas públicas.