Economia Titulo Cesta básica
Preço da carne sobe três vezes a inflação

Cortes de segunda encarecem 31%, enquanto
cesta básica tem alta de 10%, para R$ 469,97

Marina Teodoro
Especial para o Diário
23/01/2015 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O preço da carne bovina encareceu nesta semana até três vezes mais do que a inflação para o Grande ABC. De acordo com pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), os cortes de segunda inflacionaram 31%, e os de primeira, 20%, em relação ao mesmo período de 2014. Na mesma comparação, a cesta básica regional ficou 10% mais cara, custando R$ 469,97.
 
Sobre a semana passada, a cesta encareceu 0,93%, o mesmo que alta de R$ 4,34. O grupo de despesas alimentícias teve a maior inflação, de 1,42%. A carne bovina de primeira está 7,6% mais cara, com o preço de R$ 21,79 por quilo. Outro destaque fica por conta do feijão, que teve expansão de 5,47% no valor, custando R$ 2,87, com tendência de inflação, garante o engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá De Benedetto, devido ao baixo patamar de preço do grão em 2014.
 
Na terceira semana de 2014, o quilo da carne de primeira custava R$ 18,02, e de segunda, R$ 10,99. Nesta Semana, consecutivamente, passaram para R$ 21,79 e R$ 14,46. O professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio explica que o problema está no clima. “A falta de chuva diminui a oferta e aumenta o preço na área da pecuária. O que dificulta ainda mais na agricultura, pois fica mais caro manter e fazer a engorda do (gado) bovino. Essa variação no preço da carne pode começar a afetar diretamente na alimentação do consumidor.”
 
O especialista da Metodista alertou que a carne representa 2,17% no orçamento das famílias, “o que pode fazer o consumidor repensar na hora de comprar o produto”.
 
ALIMENTOS
 
Segundo a pesquisa da Craisa, o tomate encareceu 8,02% em relação à semana passada, para R$ 4,58. “No verão, as pessoas costumam comer mais salada, o que aumenta o consumo”, diz Benedetto. Ele acrescenta que além deste estímulo à inflação, o clima seco e as tempestades ocasionais prejudicam o cultivo.
 

Mesmo assim, o setor de hortifrúti foi o único que teve queda. A alface ficou 7,48% mais barata, custando R$ 1,98 por unidade. “O preço subiu muito na semana passada, e por conta da sobra e de ser um produto perecível, sem condições de armazenamento, a tendência é que nesta semana fique mais barato”, comenta o engenheiro da Craisa.

A banana também segurou o preço médio da cesta, pois deflacionou 11,24%. 




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