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Menino é segunda vítima de bala perdida no Rio no fim de semana
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19/01/2015 | 20:23
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O estudante Asafe Willian Costa de Ibrahim, de 9 anos, foi atingido na cabeça por uma bala perdida, por volta das 15 horas de domingo (18), quando estava na área de lazer do Sesi em Honório Gurgel, na zona norte do Rio. Ele sobreviveu e foi levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, bairro da mesma região. Após uma cirurgia para limpar a região ferida, foi transferido para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde estava sedado na UTI, em estado grave. A bala continua alojada na cabeça da criança e só deve ser retirada nos próximos dias.

Acompanhado pela mãe, a dona de casa Diná Paula Ibrahim, o menino estava usando a piscina do clube, de onde saiu para beber água. Nesse momento ouviu-se um tiroteio na vizinhança, provavelmente causado por traficantes de quadrilhas rivais, e o menino foi atingido. Ele caiu e inicialmente a mãe supôs que ele houvesse levado um tombo. Ela própria levou a criança ao hospital, onde foi constatado o ferimento por tiro.

O Sesi fica próximo dos morros das favelas do Chapadão e da Pedreira, áreas onde há constantes confrontos entre criminosos ou desses com policiais. A Polícia Civil procura imagens de câmeras de segurança que permitam indicar de onde partiu o disparo.

Outro caso. Na tarde de sábado (17), uma menina de 4 anos morreu atingida na cabeça por uma bala perdida em Bangu, na zona oeste do Rio. Larissa Carvalho havia acabado de sair de um restaurante com os pais quando foi atingida, em uma esquina do bairro. O caso é investigado pela Polícia Civil.

A organização não-governamental Rio de Paz realizou ontem em Copacabana (zona sul) um protesto contra essa morte. Manifestantes fincaram uma cruz preta de 3 metros de altura na areia da praia. Ao redor dela foram espalhados brinquedos, flores e uma foto de Larissa. Segundo a ONG, um dos objetivos do ato é cobrar do governo ajuda à família da menina e redução das mortes por bala perdida no Estado. "Nada vai fazer a minha filha voltar para mim. Mas alguém faz alguma coisa para acabar com a guerra, para acabar com a violência, só isso", disse no domingo a mãe da menina, Mileni de Carvalho.




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