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Feras do rock interpretam clássicos

O baterista Paulo Zinner convida o guitarrista
Andreas Kisser para show que celebra o bom rock

Por Andréa Ciaffone
15/12/2014 | 07:00
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Divulgação


 O encontro da banda Rockestra, do baterista Paulo Zinner (ex-Golpe de Estado) com o guitarrista são-bernardense Andreas Kisser, do Sepultura, para tocar clássicos do rock no palco do Bourbon Street, em São Paulo, tem tudo para resultar em um show histórico – digno de figurar na lista de presentes de Natal de qualquer roqueiro.

“A ideia é tocar canções que as pessoas conhecem e que nos influenciaram, mas com a possibilidade de momentos de improviso, de diálogo entre instrumentos, como nas jam sessions do jazz”, revela Zinner, que se sentiu à vontade para convidar o guitarrista do Sepultura porque tocou com ele na Brasil Rockstars, criada por Kisser na década passada. O músico também trabalhou por muito tempo com Rita Lee e Roberto de Carvalho.

“Só quem está muito ensaiado e em sintonia com os outros músicos se sente confortável para improvisar. Afinal, improviso é risco. Mas, é este risco que cria a possibilidade de que aconteçam momentos mágicos tanto para quem está no palco, quanto para quem está na plateia”, analisa Zinner.

“O Paulo é um dos grandes bateristas do Brasil. Já toquei muito com ele e com outros integrantes da Rockestra”, diz Kisser. “Estou muito feliz de ter o privilégio de tocar covers de clássicos com amigos queridos. Este show vai ser uma celebração, vai fechar um ano que foi muito bom para mim.” O músico de São Bernardo fez parte de grandes turnês com as bandas Sepultura, que esteve pela primeira vez na China em 2014, e com a De La Tierra, seu projeto paralelo. Kisser também participou da criação da trilha sonora para o seriado Dupla Identidade, da TV Globo. A alegria de estar no palco fez com que ele aceitasse o convite de Zinner para tocar no dia em que completa 20 anos de casado com a mulher, Patrícia Perissinotto.

“Fui criado em Rudge Ramos, em São Bernardo, e depois fomos morar no bairro Jardim, em Santo André. O primeiro palco em que pisei na vida foi o do colégio Singular e acho que o ambiente da região foi determinante para seguir na carreira na música”, diz o guitarrista da banda de hard rock brasileira mais bem sucedida em escala internacional. “Tudo só aconteceu porque a cena de música do Grande ABC era muito rica. Tinha uma galera gigante, os headbangers, que se ajudava muito. O rock com pegada forte – hardcore, punk – juntava todo mundo, independentemente de classe social. Tinha gente da favela e dono de mansão, todo mundo curtindo a mesma música”, recorda-se Kisser. Zinner também é fã da região. “Tenho as melhores lembranças. Fizemos grandes shows no Aramaçan. A galera da região gosta e entende de rock”, diz o baterista. O set-list de amanhã deve incluir hits de Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin, Whitesnake, Rainbow, Santana, Rita Lee, e claro, Golpe de Estado. Nesse ano, o Natal chegou mais cedo para os roqueiros.
 




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