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Gratidão ao homem do campo

Conta-se que um camponês brasileiro estava numa carroça passando vagarosamente por uma estrada

Do Diário do Grande ABC
29/11/2014 | 17:40
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 Artigo

Conta-se que um camponês brasileiro estava numa carroça passando vagarosamente por uma estrada quando um carro esportivo, em alta velocidade, parou e, para impressionar sua namorada, gritou: ‘E aí, caipira, quantos cavalos você tem’? Ao que respondeu, ‘um só, uai, o sinhôr num tá vendo?’ ‘Pois é, o meu carro tem 200 cavalos’, e saiu rindo em alta velocidade. Horas depois, o carroceiro chegou perto de um rio e encontrou aquele mesmo carro embicado uns cinco palmos na água. Vendo aquela cena, perguntou ingenuamente: ‘Como vai, cumpadre, dando de bebê aos cavalo?

É comum pessoas da cidade grande, porque mais próximas da tecnologia, sentirem-se inconscientemente superiores às do campo. É o equívoco da vida social! A história do Brasil é de discriminação. O trabalho braçal do camponês foi o trabalho escravo e, depois, o trabalho do pobre e inculto. O camponês, por sua vez, desenvolveu seu modo de vida próprio, sua linguagem, sua música, a sertaneja. Por anos foi a música querida dessa população e, ao mesmo tempo, ridicularizada pelos jovens das cidades grandes, pois preferiam – e ainda preferem – as inglesas e norte-americanas, que são também as dos países economicamente dominadores. Quando deu-se à música sertaneja a mesma tecnologia de som e de informação, tornou-se imediatamente a mais ouvida do Brasil. Foi o que aconteceu na década de 1980.

Também o camponês foi absorvido pela tecnologia, o que manteve a tensão rico-pobre. Há, contudo, valores que nem a tecnologia destrói, pois têm o objetivo de louvar tal riqueza, para que seja lembrada por todos e cultivada pelos que a merecem. Sua fala, preguiçosa, que enrola os erres, mata os esses, troca a letra ‘o’ por ‘u’, ‘e’ por ‘i’, é, antes de tudo, encantadora, simples, amiga e, acima de qualquer suspeita, amorosa! Como ‘a boca fala do que o coração está cheio’, a bondade do homem do campo, sua paciência, simplicidade e desapego às coisas materiais são testemunhos cristãos para todo o viciado em trânsito (viciado, na verdade, em andar de carro), tecnologias diversas, compras, dinheiro, fast-food, sedentarismo.

A palavra que melhor se dirige ao homem e à mulher do campo é gratidão, por serem modelos vivos que revelam aos complicados: ‘Poucas coisas são necessárias’ para que se ‘tenha vida em plenitude’! ‘Obrigado ao homem do campo’ é o que cantam os irmãos Farias, da dupla Dom & Ravel, mais conhecidos, na década de 1970, por outra música, Eu Te Amo Meu Brasil: Deus abençoe os braços que fazem/O suado cultivo do chão (...)/Obrigado ao homem do campo/Pela semeadura do chão/E pela conservação do folclore/Empunhando a viola na mão.

Marco Antônio Papp é professor dos cursos de Filosofia, Jornalismo, Rádio e TV e Administração da Faculdade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, São Paulo.

Palavra do leitor

Para quê?
Quando o vereador José Araújo, à época presidente da Câmara de Santo André, antes da última eleição, fez de tudo para aumentar o número de colegas, a intenção era atingir coeficiente maior para os partidos. A opinião pública barrou a sua pretensão. Passados dois anos, os atuais vereadores, com a aproximação da eleição, tentam aumentar a bancada para facilitar a reeleição deles. A sociedade precisa ficar atenta para esse ato inconsequente. Agora, se 21 vereadores pouco fazem ao exercerem o seu mandato, que mais farão os 27 na nova legislatura? A não ser ficarem mais caros nas despesas e nos acordos com a administração? Projetos para melhorar a administração de nossa cidade, nada. Quanto mais vereadores, pior.
Aylton Denari
São Bernardo

Paul McCartney
Três horas ininterruptas de show! Três horas de vibração! Três horas de energia contagiante. Três horas de viagem no tempo inesquecível! Três horas de alegria, risos e lágrimas! Três horas de emoção! O cara só não fez chover. Ou melhor, fez sim, e a chuva estava tão maravilhosa quanto seu show! Obrigado, Paul McCartney.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Resolvido!
Reconhecendo a força deste Diário, agradeço as providências – já no mesmo dia 25 – tomadas pelo senhor Oscar José Gameiro Silveira Campos, secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo, para atender aos reclamos referentes aos problemas de congestionamentos (Atrapalhando, dia 25). No dia 26, passei pelo local e já observei os cavaletes impedindo acesso vindo da Avenida Kennedy e a volta do pisca-pisca amarelo, que de certa forma já faz fluir bem a passagem dos veículos. Ótimas providências. A maioria dos motoristas que passam pelo local sente-se satisfeita.
Severino Martins de Araújo
São Bernardo

Valei-me, São José
Por onde passa, a exemplo da maioria de nossos políticos, Miriam Belchior (infelizmente ainda ministra do Planejamento), que deixou rastro de suspeitas em atuações administrativas para lá de pardacentas em Santo André, quando, à época, ocupou a Pasta de Inclusão Social e Habitação, reportagens diversas já apontavam-na como peça atuante, e outras dignas de atenção do Ministério Público, que qualificou como ‘empreitada criminosa’ desenvolvida no primeiro escalão do governo Celso Daniel, em contratações sem concorrência (1997/1999), em denúncia distribuída na 3ª Vara Criminal. Não entendo como se criam expectativas e encaminhamentos para funções públicas a tantos promotores de ‘coisas estranhas’, como se o cidadão implorasse por tais nomes, como Miriam Belchior, que acaba de sair da implosão financeira do Petrolão rumo a São José dos Campos. Só Deus por nós, pois, até agora, administradores com tais currículos deixam todos os santos de joelhos no altar da impunidade! Melhor para lá, São José, do que para cá, Santo André!
Paulo Rogério Bolas
Santo André

Superavit
Pelos números da Bolsa e pelas declarações de diversos analistas de mercado, a meta de superavit primário de apenas 1,2% do PIB em 2015 não agradou, pois foi considerada muito tímida. Convenhamos que número tão pequeno como esse não teria mesmo condições de impressionar ninguém, porém, temos que considerar que ele é absurdamente maior que o falso superavit que está sendo obtido em 2014, e passo de gigante, à frente, para sairmos do atoleiro em que Dilma Rousseff e Guido Mantega nos meteram, desde que seja seriamente buscado e não sofra as famosas maquiagens que a equipe atual nos acostumou a ver.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro (RJ)

Falcatruas
Conforme noticiado, ontem foi o último dia para o cidadão comum que caiu na malha fina do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) ano 2014 corrigir as pendências com o leão da RF (Receita Federal). A Receita, que sempre foi implacável com o cidadão comum que deixou de declarar um aluguel, por exemplo, ou esqueceu determinado comprovante, como é que não conseguiu detectar o patrimônio incompatível com o rendimento de determinadas pessoas, e que vem acontecendo há anos na falida Petrobras?
Edgard Gobbi
Campinas (SP)




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