O resultado surpreendeu negativamente a economista, que afirmou que terá de revisar para baixo as projeções do PIB para o acumulado do ano. Atualmente, a previsão da Tendências está em +0,2%. Com esse resultado, deve cair para perto de zero.

Alessandra chama a atenção para o que motivou a queda no PIB. "Pelo lado da oferta, o setor de serviços teve um crescimento mais moderado +0,5% do que esperávamos +0,9%", disse a economista. "Pelo lado da demanda, o consumo das famílias caiu na margem -0,3% em vez de subir, como projetávamos", diz. Ela complementa que a recuperação da indústria na comparação entre os trimestres não é suficiente para mostrar um fortalecimento do setor, visto que a queda na comparação ao ano passado continua grande.

Para Alessandra, o resultado divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, "em relação ao fundo do poço", a recuperação da economia está muito devagar. "Ainda mostra uma queda de 1,5%", afirma.

A economista minimizou o resultado negativo no PIB agropecuário. A queda de 1,9% na margem veio muito maior do que a consultoria esperava (-0,4%), mas não foi suficiente para anular o crescimento do setor em relação ao ano passado. "O setor ainda cresce na comparação com 2013, que foi um ano muito forte", diz Alessandra.